Questões metodológicas e epistemológicas suscitadas pela Antropologia da Infância
Palabras clave:
Crianças, Infancia, Agência, Participação, Antropologia, EpisiemologiaResumen
Vencida a etapa inicial de levantamento das possibilidades e potencialidades de investigação sobre a infância nos âmbtos da Sociologia e Antropologia, a capacidade de agência das crianças no universo das relações sociais cem ocupado, cada vez mais, espaço nos projetos de investigação. Pelo menos, teoricamente. Na prática, ainda não está muiro ciaro como identificar e perceber a complexidade desse processo de participação das crianças na vida social e na construção da própria infância, dada a peculiaridade com que estas o expressam. “Como e o que aprender com as crianças, e sobre elas” permanece um desafio em aberto, cheio de contradições e impasses. Este artigo refletirá sobre questões metodológicas e epistemológicas que se afiguram, às autoras, cruciais ao avanço, definição e consolidação deste campo de estudos.
Descargas
Citas
ACKERS, Louise; STALFORD, Helen (2004), A community for children? Children, citizenship and internal migration in die EU. Aldershot, Ashgate.
BARBOSA, Bia; VALENTE, Jonas (2007), Dossiê com casos emblemáticos lançado no Dia Nacional de Combate à Exploração Sexual Infantil. 22 de maio. Disponível em: .
BOYDEN, Jo (1990), “Childhood and the policy makers: a comparative perspective on the globalization of childhood”j in JAMES, Allison; PROUT, Alan (eds.). Constructing and reconstructing childhood, Basingstoke, Falmer Press, pp. 184-216.
BOYDEN, Jo; LING, Brigitta; MYERS, William (1998), What works for working children? Stokholm, Save the Children.
BUTLER, I.; SHAW, I. (1996), A case of neglect? Children’s experiences and the Sociology of Childhood. Aldershot, Avebury.
CHRISTENSEN, Pia; JAMES, Allison (2000), Research with children: perspectives and practices, London, Falmér Press.
COHN, Clarice (2000), A criança indígena: a concepção Xikrin de infância e aprendizado. Dissertação de mestrado.. São Paulo, USP.
_____ . (2002), “A criança, o aprendizado e a socialização na Antropologia”, in LOPES DA
SILVA, A.; MACEDO, A. V. L. S.; NUNES, A. (orgs.). Crianças indígenas: ensaios antropológicos, São Paulo, Global, Mari e Fapesp. (Série Antropologia e Educação).
DOWDNEY, Duke (2003), Crianças de tráfico: um estudo de caso de crianças e violência armada organizada no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Sete Letras,
ELIAS, Norbert (1978), What is Sociology? London, Hutchinson. FRENTE PARLAMENTAR EM DEFESA DOS DIREITOS DAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES E COMITÊ NACIONAL DE ENFRENTAMENTO À'VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES (2007), Dossiê com casos emblemáticos lançado no Dia Nacional de Combate à Exploração Sexual Infantil. Brasília* DF.
FOUCAULT, Michel (1980), Power knowledge. Brighton, Harvester Press.
GIDDENS, Anthony (1984), The constitution o f society. Cambridge, Polity Press.
GOLDMAN, L. (1979), Ciências Humanas e Filosofia; o que é a Sociologia? 7- ed. Rio de Janeiro, Ditei.
HARDMAN, Charlotte (2001), “Can there be an Anthopology of Children?”. Childhood, 8 (4): 501-17.
HART, Jason (2006), “Saving children: what role for Anthropology?”. Anthropology Today, 22 (1): 5-8.
HIRSCHFELD, Laurence (2002), “Why don’t anthropologists like children?”. American Anthropologist, 104 (2): 611-27.
HUSSERL, Edmund (1970), The crisis of European sciences a?id transcendental phenomenology. Evanston, IL, Northwestern University Press.
ITURRA, Raui (1996), 0 saber das crianças. Setúbal, ICE.
JACKSON, Michael (1989), Paths towards a clearing', radical empiricism and ethnographic inquiry. Bloomington, Indiana University Press.
JAMES, Allison (2007), “Giving voice to children’s voices: practices and problems, pifalls and poxcnxmls'. American Anthropologist, 109 (2):. 261-72.
JAMES, Allison; JAMES, Adrian (2004), Constructing childhood: theory policy and social practice. London, Palgrave.
JAMES, Allison; JAMES, Adrian; McNAMEE, Sally (2004), “Turn down the volume? Not hearing children in family proceedings”. Child and Family Law Quarterly, 16 (2): 189-203.
JAMES, Allison; PROUT, Alan (eds.) (1990), Constructing and reconstructing childhood: contemporary issues in the sociological study o f childhood. London, Falmer Press.
JENKS, Chris (1982), The Sociology o f Childhood, essential readings. London, Batsford,
_____ . (1996), Childhood. London, New York, Roudedge.
LANCY, David (2.007), “Accounting for variability in mother-child play”. American Anthropologist, 109 (2): 273-84.
LeVINE, Robert (2007), “Ethnographic studies of childhood: a historical overview”, American Anthropologist, 109 (2): 247-60.
LIEBEL, Manfred; OVERWIEN, Bernd; RECKNAGEL, Albert (eds.) (2001), Working
childrensprotagonism. Frankfurt/London, Iko.
LOPES DA SILVA, Aracy; NUNES, Angela (2002), “Introdução: contribuições da etnologia à Antropologia da Criança”, in LOPES DA SILVA, A.; MACEDO, A. V. L, S.; NUNES, A. (orgs.), Crianças indígenas: ensaios antropológicos. São Paulo, Giobal/Mari/Fapesp. (Série
Antropologia e Educação).
MARTINS, José de Souza (1997), A criança como testemunha. Fronteira à degradação do outro nos confins do humano. São Paulo, Hucitec.
MARTINS, José de Souza (org.) (1993), O massacre dos inocentes: a criança sem infância noBrasil. 2, ed„ .São Paulo, Hucitec.
MAYBURY-LEWIS, David (1984), A sociedade Xavante. Rio de Janeiro, Francisco Alves.
MORRIS, Brian (1997), "ín defence of realism and truth critical refletions on the anthropological followers of Heiddeger”. Critique of Anthropology, 17 (313): 313-40.
NOVAES, Sylvia Caiuby (1986), Mulheres, homens e heróis: dinâmica e permanência através do cotidiano da vida Bororo: São Paulo, FFLCH-USP. (Col. Antropologia, 8).
NUNES, Angela (1999), A sociedade das crianças A'uwe-Xavante: por uma Antropologia da Criança. Lisboa, Ministério da Educação, Instituto de Inovação Educacional. (Col. Temas de Investigação, 8).
_____ . (2003), Brincando de ser criança: contribuições da etnologia indígena brasileira à antropologia da Infância. Tese de doutorado. ISCTE, Portugal,
______. (2005), “Childhood dynamics in a changing culture: examples from the Xavante people of Central Brazil”, in KNORR, J. Childhood and migration: from experience co agency. Bielefeld, Transkript. pp. 207-26.
O TEMPO ONLINE. Pesquisa revela “adultização” de crianças. 6 maio 2007. Disponível em: .
POSTMAN, Neil (1998), Desaparecimento da infância. São Paulo, Rocco.
QVORTRUB Jens et al. (1994), Childhood matters. Aldershot, Avebury.
SARMENTO, Manuel (2005), “Gerações e alteridade: interrogações a partir da Sociologia da Infância". Educação & Sociedade, Campinas, 26 (91): 361-78.
SEEGER, Anthony; DaMATTA, Roberto; VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo (1979), “Aconstrução da pessoa nas sociedades indígenas brasileiras”. Boletim do Museu Nacional, Antropologia, 32.
SILVA, George Agostinho da ([1939] 2000), Obras de Agostinho da Silva. Textos pedagógicos. Vol. I. Lisboa, Ancora.
SILVA, Gessé de Souza (2000), “Filhos e violência: como a família lida com rupturas em situação
de perda. Dissertação de mestrado. Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UFBA, Salvador, Bahia.
TOMAS, Catarina; SOARES, Natália (2004), "Da emergência da participação à necessidade de consolidação da cidadania da infância... os intrincados trilhos da acção, participação e protagonismo social e político das crianças'1. Fórum Sociológico, IEDS/UNL, 11/12: 349-61.
TOMAS, Catarina (2006), Há muitos mundos no mundo: direitos das crianças, cosmopolitismo infantil e movimentos sociais de crianças. Diálogos entre crianças de Portugal e Brasil. Tese de doutorado. Braga, Portugal, IEC, Universidade do Minho.
TOREN, Christina (1993), “Making history: the significance of childhood cognition for a Comparative Anthropology of mind”. Man, New Series, 28 (3): 461-78.
_____ . (2002), “Anthropology as the whole science ofwhat is to be human”, in FOX, R. G.; KING, B. j. (eds.). Anthropology beyond culture. Berg, New York, Oxford, pp. 105-124.
