Les effets des inégalités régionales sur l’inégalité de revenu au Brésil, aux États-Unis et au Mexique

Auteurs

  • Pedro Herculano Guimarães Ferreira de Souza

Mots-clés :

Inégalité régionale, Inégalité de revenu

Résumé

Ce travail analyse les effets des inégalités régionales sur l’inégalité de revenu des ménages par habitant au Brésil, aux États-Unis et au Mexique. Cinq hypothèses sont testées à partir de décompositions de l’indice d’inégalité GE(0) pour différents recoupements géographiques. Les données proviennent des recensements démographiques des trois pays. Les résultats suggèrent qu’une grande partie de l’inégalité de revenu au Brésil, aux États-Unis et au Mexique est locale, entre voisins et non pas en termes d’espaces sub-municipaux. Même si toutes les villes du Brésil avaient le même revenu par habitant, l’inégalité totale continuerait d’être supérieure à celle des États-Unis. Ce nonobstant, les inégalités régionales ne doivent pas être ignorées parce qu’elles sont beaucoup plus élevées au Brésil et au Mexique. La différence principale entre ces pays et les États-Unis réside dans l’existence de grandes régions qui affichent simultanément des revenus moyens très inférieurs et des inégalités internes très supérieures aux autres régions de chaque pays. L’ampleur de ces deux effets étant similaire, pour réduire l’inégalité de revenu au Brésil il faudrait à la fois diminuer l’inégalité locale dans la région nord/nord-est et élever le revenu moyen dans cette microrégion réunie

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Publiée

2013-01-23

Comment citer

Souza, P. H. G. F. de. (2013). Les effets des inégalités régionales sur l’inégalité de revenu au Brésil, aux États-Unis et au Mexique. BIB - Revista Brasileira De Informação Bibliográfica Em Ciências Sociais, (75), 131–162. Consulté à l’adresse https://bibanpocs.emnuvens.com.br/revista/article/view/380

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