Análise de redes e desigualdade social
a abordagem relacional de Charles Tilly à luz da lei de potência de Barabási
Palabras clave:
Redes sociais, Lei de potência, Desigualdades sociais, Sociologia relacionalResumen
O objetivo deste trabalho é discutir o problema da desigualdade social a partir da análise de redes. Mais especificamente, o trabalho se propõe a responder duas perguntas: (1) Por que alguns nós das redes acu-mulam poder ao longo do tempo? (2) Onde começam e terminam as redes sociais e que diferença isso faz para a análise da desigualdade? A contribuição de Charles Tilly (2005) para a análise das dimensões relacionais da desigualdade é compatível com a perspectiva das redes sociais, pois ambas se inscrevem no contexto da chamada Sociologia Relacional (Emirbayer, 1997). A resposta para a primeira pergunta reside na chamada lei de potência de Barabási (2002), a qual estabelece que a dinâmica evolucionária de redes complexas com topologias similares obedece a um padrão de distribuição dos nós da rede onde “grande é raro e pequeno é comum”. Por sua vez, Tilly (2005, p. 87-90) demonstra como o estabelecimento de fronteiras nas redes permite a acumulação de capacidades e laços sociais que operam segundo esta lei de potência, contribuindo para a reprodução social das desigualdades.
Descargas
Citas
ALBERT, Réka; BARABÁSI, Albert-László (2000), “Topology of evolving networks: local events and universality”. Physical Review Letters, v. 85, n. 24, Dec., p. 5234-5237.
BARABÁSI, Albert-László (2002) [2000], Linked: the new science of networks. Cambridge, Massachusetts: Perseus.
DEZSÖ, Z. et al. (2006), “Dynamics of information access on the web”. Physical Review, n. 73. Disponível em: <http://nd.edu/~networks/Publication%20Categories/03%20 Journal%20Articles/Social%20Science/Dynamics%20of%20Infor_Phy%20
Rev%20E%2073%20%286%29%20Art.%20No.%20066132%20Part%202%20
%282006%29.pdf>. Acesso em: 31 ago. 2007.
ELIAS, Norbert (1994), A sociedade dos indivíduos. Rio de Janeiro: Zahar.
FOLMER, Raquel; YOUNG, Maycke (2008), “Análise de redes sociais: elementos para uma discussão teórico-metodológica”, in III Seminário Internacional Organizações e Sociedade: Inovações e Transformações Contemporâneas. Disponível em:
redeapasul.com.br/publicacoes/analise_de_redes_sociais_elementos_para_uma_ discussao_teoricometodologica_2008.pdf>. Acesso em: 6 out. 2011.
FREEMAN, Linton C. (2004), The development of social network analysis: a study in the sociology of science. Vancouver: Empirical Press. Disponível em: <http://aris.ss.uci. edu/~lin/book.pdf>. Acesso em: 6 out. 2011.
GOLDTHORPE, John (1983), “Women and class analysis: in defence of the conventional view”. Journal of Sociology, v. 17, n. 4, p. 465-488.
GRANOVETTER, Mark (1973), “The strength of weak ties”. American Journal of Sociology, v. 78, n. 6, p. 1360-1380.
GRANOVETTER, Mark; TILLY, Charles (1988), “Inequality and labor processes”, in N. Smelser (ed.), Handbook of Sociology. Newbury Park, California: Sage. p. 175-221.
MARQUES, Eduardo C. (1999), “Redes sociais e instituições na construção do Estado e da sua permeabilidade”. RBCS, v. 14, n. 41, out.
MARTELETO, Regina M.; SILVA, Antônio Braz de Oliveira (2004), “Redes e capital social: o enfoque da informação para o desenvolvimento local”. Ciência da Informação, v. 33, n. 3, set.-dez., p. 41-49.
NEWMAN M.; WATTS D.; BARABÁSI A.-L. (2006), The structure and dynamics of networks. Princeton, New Jersey: Princeton University Press.
OLIN WRIGHT, Erik (1985), Classes. London: Verso.
PARSONS, Talcott (1954), “A revised analytical approach to the theory of social stratification”, in R. Bendix; S. M. Lipset (orgs.), Class, status and power. London: Routledge.
SIMMEL, Georg (1964), Conflict and the web of group-affiliations. New York: Free Press.
THERBORN, Goran (ed.) (2006), Inequalities of the world. London: Verso.
TILLY, Charles (2005), Identities, boundaries and social ties. Boulder, Colorado: Paradigm.