Evolução, história e subjetividade coletiva
Resumen
Este artigo analisa as diversas concepções vigentes na Sociologia contemporânea quanto à relação entre evolução social e história. Focaliza-se três correntes: o funcionalismo e o neofuncionalismo, de Parsons a Alexander; o “historismo” inglês, de Gellner, Giddens e Mann; e o estruturalismo genético alemão de Habermas a Eder. Mostra-se como crescentemente a questão da contingência histórica e o papel das coletividades abriram caminho dentro das teorias evolutivas, até mesmo de forma exagerada, inclusive no plano do desenvolvimento cognitivo e moral. Recusa-se um pan-selecionismo neodarwiniano duro, mas critica-se também a recusa total da teoria da evolução pelas correntes historistas. O artigo conclui com um balanço analítico das questões atuais, dos impasses daquelas abordagens, e propõe caminhos possíveis para o avanço na direção de uma teoria da evolução, capaz de lidar com a contingência histórica, de forma multilinear. Estágios evolutivos poderiam assim aparecer juntos a uma análise ampla dos mecanismos da evolução, nos quais a criatividade social e a ipteração entre subjetividades coletivas mostram-se bastante importantes, sem prejuízo de múltiplas lógicas de desenvolvimento.