Práticas sociais e conhecimento acadêmico no campo da economia solidária

Autores/as

  • Luiz Inácio Gaiger

Palabras clave:

Brasil, Campo científico, Economia Solidária, Estrutura social, Políticas públicas

Resumen

O artigo discorre sobre a constituição do campo da Economia Solidária no Brasil, examinando alguns de seus vetores constituintes. Sublinha como a pesquisa tem sido um fator de reconhecimento e impulsão da Economia Solidária, enquanto o avançar das práticas tem gerado demandas de conhecimento e proposto desafios ao marco epistemológico, teórico e metodológico das ciências, atuando assim como um elemento propulsor do campo científico. Contabili-zando os efeitos assimétricos da estrutura social e dos campos específicos em que os atores da Economia Solidária se posicionam, identifica os óbices que esta deve enfrentar em sua trajetória como área de estudos. A imbricação entre militantismo e ciência não impede que a força de recuperação do campo científico se manifeste, com chances de minar de seu interior as potencialidades disruptivas dessa prática social.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

ABRAMOVAY, Ricardo (org.) (2004). Laços financeiros na luta contra a pobreza. São Paulo: Annablume.

BAJOIT, Guy (1992). Pour une sociologie relationnelle. Paris: PUF.

BECKER, Howard (2007). Segredos e truques da pesquisa. Trad. Maria X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Zahar.

BOURDIEU, Pierre (1976). “Le champ scientifique”. Actes de la Recherche en Sciences Sociales, n. 2/3, p. 88-104.

CÁRITAS Brasileira (1995). Sobrevivência e cidadania; avaliação qualitativa dos projetos alternativos comunitários da Cáritas Brasileira. Brasília: UNB.

CORAGGIO, José Luis (org.) (2009). ¿Qué es lo económico? Materiales para un debate necesario contra el fatalismo. Buenos Aires: Ciccus.

DUBEUX, Ana et al. (2011). Estudio de casos brasileños. La dinámica de relaciones entre los foros de economía solidaria y las políticas públicas para la economía solidaria en Brasil. Montréal: Chantier de l’Économie Sociale.

GAIGER, Luiz (2006). “Economia solidária e o espaço público: algumas observações sobre o papel dos agentes mediadores”. In: FRANÇA Filho, Genauto et al. (orgs.). Ação pública e economia solidária; uma perspectiva internacional. Porto Alegre: UFRGS. p. 223-235.

_____. (2007). “A outra racionalidade da economia solidária. Conclusões do Primeiro Mapeamento Nacional no Brasil”. Revista Crítica de Ciências Sociais, n. 79, p. 57-77.

_____. (2009). “A associação econômica dos pobres como via de combate às desigualdades”. Revista Caderno CRH, v. 22, n. 57, p. 563-580.

_____. (2011). “Posfácio: contribuições para uma agenda de pesquisa”. In: HESPANHA, Pedro; SANTOS, Aline (orgs.). Economia solidária: questões teóricas e epistemológicas. Coimbra: Almedina. p. 237-255.

_____. (2012a). “Por um olhar inverso: prismas e questões de pesquisa sobre a Economia Solidária”. Sociedade e Estado, v. 27, n. 2, p. 313-335.

_____. (2012b). “A presença política da Economia Solidária. Considerações a partir o primeiro mapeamento nacional”. In: GEORGES, Isabel; LEITE, Márcia (orgs.). Novas configurações do trabalho e economia solidária. São Paulo: Annablume. p. 289-321.

GAIGER, Luiz et al. (1999). A economia solidária no RS: viabilidade e perspectivas. São Leopoldo: Unisinos.

(Cadernos Cedope 15 – Série Movimentos Sociais e Cultura).

GAIGER, Luiz (org.) (1996). Formas de resistência e de combate à pobreza. São Leopoldo: Unisinos.

GEORGES, Isabel; LEITE, Márcia (orgs.) (2012). Novas configurações do trabalho e economia solidária. São Paulo: Annablume.

GORENDER, Jacob (1999). Marxismo sem utopia. São Paulo: Ática.

HESPANHA, Pedro; SANTOS, Aline (orgs.) (2011). Economia solidária: questões teóricas e epistemológicas. Coimbra: Almedina.

KLIKSBERG, Bernardo (2002). Desigualdade na América Latina: o debate adiado. Trad. Sandra Trabucco Valenzuela. 3. ed. São Paulo/Brasília: Cortez/Unesco.

LECHAT, Noëlle (2004). Trajetórias intelectuais e o campo da economia solidária no Brasil. Tese de doutorado em Ciências Sociais, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP.

LEITE, Márcia (2009). “A economia solidária e o trabalho associativo: teorias e realidades”. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 24, n. 69, p. 31-51.

LIMA, Jacob (org.) (2007). Ligações perigosas: trabalho flexível e trabalho associado. São Paulo: Annablume.

LIMA, Jacob (2012). “Cooperativas, trabalho associado, autogestão e economia solidária: a constituição do campo de pesquisa no Brasil”. In: GEORGES, Isabel; LEITE, Márcia (orgs.). Novas configurações do trabalho e economia solidária. São Paulo: Annablume. p. 195-221.

MARTINS, José de Souza (1993). A chegada do estranho. São Paulo: Hucitec.

MEDEIROS, Marcelo (2005). O que faz os ricos, ricos. O outro lado da desigualdade brasileira. São Paulo: Hucitec/ Anpocs.

MIRANDA, Daniela (2011). A democracia dialógica: uma análise das iniciativas da Economia Solidária. Tese de doutorado em Ciências Sociais, Unisinos, São Leopoldo, RS.

PARREIRAS, Luiz (2007). Negócios solidários em cadeias produtivas. Rio de Janeiro: Ipea/Anpec.

RECH, Daniel (1995). Cooperativas: uma alternativa de organização popular. Rio de Janeiro: Fase.

SEN, Amartya (1999). L’Économie est une science morale. Paris: La Découverte.

SENAES/SOLTEC [Secretaria Nacional de Economia Solidária/Núcleo de Solidariedade Técnica – UFRJ] (2011). Avanços e desafios para as políticas públicas de Economia Solidária no Governo Federal – 2002-2010. Brasília, DF: Ministério do Trabalho e Emprego.

SILVA, Marcelo; OLIVEIRA, Gérson (2011). “A face oculta(da) dos movimentos sociais: trânsito institucional e intersecção Estado-Movimento: uma análise do movimento de Economia Solidária no Rio Grande do Sul”. Sociologias, v. 13, n. 28, p. 83-124.

SOUZA, Cleide (1989). “Projetos econômicos: ponto de fissão entre agências e organizações do movimento popular”. Cadernos do CEAS, n. 120, p. 44-54.

SOUZA, Luiz Alberto (2000). “Um país dinâmico, um pensamento claudicante”. Estudos Avançados, v. 14, n. 40, p. 77-90.

VERONESE, Marília (2008). Psicologia social e economia solidária. São Paulo: Ideias & Letras.

Publicado

2012-02-10

Cómo citar

Gaiger, L. I. (2012). Práticas sociais e conhecimento acadêmico no campo da economia solidária. BIB - Revista Brasileira De Informação Bibliográfica Em Ciências Sociais, (73), 5–20. Recuperado a partir de https://bibanpocs.emnuvens.com.br/revista/article/view/364

Número

Sección

Balanços Bibliográficos