Antropologia do Direito

trajetória e desafios contemporâneos

Autores/as

  • Patrice Schuch

Palabras clave:

Antropologia do Direito, Teoria antropológica, Lei. e sociedade

Resumen

As diferentes analises sobre o papel da lei na sociedade, assim como as várias formas que podemos pensar o relacionamento entre cultura e processos de resolução de conflitos tèm sido o principal objetivo dos estudos da chamada Antropologia do Direito. Durante o último século, antropólogos estudaram diferen­tes sociedades, e iniciamos o século XXI com novos e complexos objetos de estado. Este artigo pretende analisar as relações entre lei e sociedade como objeto de estudo antropológico, tazendo uma revisão históricó-crítica das principais abordagens desenvolvidas sobre o assunto.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

BEVILÁQUA, CitnéaB. (2.008), Gomnmidores eseiisditeitos: um estudo sobre conflitos no mercado de consumo. Sãó Paulo, Humanitas.

BOHANNAN, Paul (1957), Justice and judgem ent am ong the Tiv o f Nigeria. Londres, Oxford University Press.

_____ . (1973), “Etnografia e comparação em Antropologia do Direito’’, in S. Davis (org.), Antropologia do Direito. Estudo comparativo das categorias de dívida e contrato. Rio de Janeiro, Zahar, pp. 101-23.

BOURDIEU, Pierre (1989), “A força do direito. Elementos para uma Sociologia do campo jurídico”, in _____ , O poder simbólico, Rio de Janeiro, Bertrànd Brasil. pp. 209-54.

BRITES, Jurema; FONSECA, Claudia (org.) (2006), Etnografias da participação. Santa Cruz do Sul, Edunisc.

CAILLÉ, Alain (1998), “Nem holismo nem individualismo metodológicos; M areei Mauss e o paradigma da dádiva". RBCS, 13 (38): 5-38.

CARDOSO DE OLIVEIRA, L. R. (2002), Direito lega le insulto moral, Rio de janeiro, Relume Dumara.

_____ . (2008), “Existe violência sem agressão moral?”, RBCS, 23 (67) : 135-46.

CARDOSO DE OLIVEIRA, L. R; CARDOSO DE OLIVEIRA, Roberto (1996), Ensaios antropológicos sobre moral e ética. Rio de Janeiro, Tempo Brasileiro.

COMAROFF, Jean; COMAROFF, John. (2006a), “Law and disorder in the postcolony. An introduction, in]. Comaroff; J. Comaroff (eds,). Law and disorder in the postcolony, Chicago, University of Chicago Press, pp. 1-56.

______ . (2006b), “Criminal obsessions, after Foucault: postcolonialicy, policing and the metaphysics of disorder”, in J. Comaroff; J. Comaroff (eds.), Law and disorder in the postcolony, Chicago, University of Chicago Press, pp. 273-98.

CORREA, Mariza (1981), Os crimes da paixão. São Paulo, Brasiliense.

_____ . (1983), M orteem família-, represenrações jurídicas de papéis sexuais. Rio de Janeiro, Graal.

DAVIS, Shelron (1973), “Introdução”, in S. Davis (org.), Antropologia do Direito. Estudo comparativo das categorias de dívida e contrato. Rio de Janeiro, 2ahar.

DEBERT, Guita; GREGORI, M aria Filomena; BERALDO DE OLIVEIRA, M arcella (orgs.) (2008), Gênero, fam ília egerações: ]mzado Especial Criminal e Tribunal do Júri. Campinas, Pagu/Nücleo de Estudos de Gênero daU nicam p.

DEBERT, Guita; GREGORI, M aria Filomena; PISCITELLI, Adriana Gracia (orgs.), Gênero e distribuição da Justiça: as delegacias de defesa da mulher e a construção das diferenças. Campinas, Pagu/Núcleo de Estudos de Gênero da Umicamp.

EWICK, Patricia; SILBEY Susan {1998), The com m on place o f law: stories from everyday life. Chicago, University of Chicago Press.

FAEK-MOORE. Sally (1978), Law as process: an anthropological approach. Londres, Routledge.

_____ - (2001), “Certainties undone: fifty turbulent years of legal anthropology, 1949-1999”. T hejournal ofthe Royal Anthropological Institute, 7: 95-116.

FLEISCHER, Soraya; SCH U CH , Patrice; FONSECA, Claudia (orgs.) (2007), Antropólogos em ação-, experimentos de pesquisa em direitos humanos. Porto Alegre, Editora da UFRGS.

FONSECA, Claudia (1995). Nos caminhos da adoção. São Paulo, Cortez. _____ . (2000), Famíha, fofoca e honra: a etnografia de violência e relações de gênero em grupos populares. Pórto Alegre, Editora da UFRGS.

FONSECA, Claudia; FARIA, Caleb A.; TERTO. Veriano (orgs.). (2004), Antropologia, diversidad e e direitos humanos: diálogos interdiscipllnáres, Pórto Alegre, Editora da UFRGS,

FONSECA, Claudia; SCH U CH , Patrice (orgs.) (2009), Politicos de proteção à infância-, um olhar antropológico. Porto Alegre, Editora da UFRGS.

FOUCAULT, Michel (1979), Microfisica do poder. Rio dejaneiro, Graal.

_____ . (1996), Vigiar epunir. História da violência nas prisões. Petrópolis, Vózes.

FOURNIER, Marcel (2003), “Para reescrever a biografia de Mareei Mauss”. RBCS, 18 (52): 5-13.

FULLER, Chris (1994), “Legal Anthropology, legal pluralism and legal th o u g h tAnthropology Today, 10 (3): 9-12.

GEERTZ, Clifford (1997), “Fatos e leis em u m i perspectiva comparativa”, in _____ , O saber local, Petrópolis, Vbzes.

GLUCKMAN, Max (1965), The ideas in Barotsejurisprudence. New Haven, Londres, Yale University Press.

_____ • (1973), “Obrigação e dívida’, in S. Davis (org.), Antropologia do Direito. Estudo comparativo das categorias de dívida e contrato, Rio dejaneiro, Zahar, pp. 25-52.

GODBOUT, J.T . (1998), “Introdução àD ádiva”. RBCS, 13 (38): 39-52.

GULLIVER, P. H. (1978), Cross examinations: essays in memory o f Max Gluckman. Leiden, E. J. Brill.

HOEBEL, Edward; LLEWELLYN, Karl (1941), The Cheyenne Way. conflict and case law in primitive jurisprudence. Norman, University of Oklahoma Press.

KANT DE LIMA, Roberto (1983), “Por uma Antropologia do Direito no Brasil”, in ]. Falcão (org.), Pesquisa científica e direito, Recife, Massangana. pp. 89-116. _____ . (1985), A Antropologia da academia quando os índios somos nós. Petrópolis, Vozes.

<59

_____ . (1995), A polícia da cidade do Rio de Janeiro: seus dilemas e paradoxos. 2. ed., Rio de Janeiro, .Forense.

____ . (2008), Ensaios de Antropologia e de Direito-, acesso à justiça e processos institucionais de administração de conflitos e produção da verdade jurídica em uma perspectiva comparada. Rio de Janeiro, T.uineti juris.

KANT DE LIMA, Roberto; AMORIM. Maria Stella; BURGOS, Marcelo Baumann (orgs.) (2003), Juizados Especiais Criminais, sistema ju d icia l e sociedade no Brasil: ensaios inte rdisciplinares, Niterói, Intertexto.

KANT DE LIMA, Roberto; AMORIM, Maria Stella de; MENDES, Regina Lúcia Teixeira (orgs.) (2005), Ensaios sobre a iguatíkdejurídica. Acesso à justiça criminal e direitos de cidadania no Brasil. Rio de Janeiro, Lum enjuris.

KANT DE LIMA, Roberto etal. (orgs.) (2008), Reflexões sobre Segurança Pública e justiça criminal numa perspectiva comparada. Rio de Janeiro, Booklink.

KARSENTI, Bruno (1997), L’Homme total. Sociologie, Anthropologie et Philosophie chez M areei Mauss. Paris, PUF.

LANNA, Marcos (2000), “Notas sobre M . Mauss e o Ensaio sobre a dádiva”. Revista de Sociologia e Política, 14 :1 73-94, Curitiba.

_____ . (2009), “Asociologia comparada de Mareei Mauss - da civilização ao dom , m F. Murari;M. Suano (orgs.), Antigos e modernos - diálogos sobre a escrita da História, São Paulo, Alameda Casa Editorial, pp. 459-83.

LANNA, Marcos; GRAEBER, David (2005), “Comunismo ou comunalismoí A Política no ‘Ensaio sobre o dom”’, Revista de Antropologia, 48: 501-23.

LEACH, Edmund (1954), Political systems o fHighland Burma. Londres, Bell.

MACHADO, LiaZanotta (1996), “Democracia com equidade: um direito?", in H. Zanetti (org.), Democracia: a grande revolução, Brasília, EDUnB. pp. 67-71;

_____ . (2003a), “Entre o inferno e o paraíso. Saúde, direitos e confiitualidades1'. Série Antropologia, 324; 1-20, Brasília.

_____ . (2003b), “Atender vítimas e criminalizar violências: dilemas das delegacias das mulheres ’,

in M. S. de Amorim; R K. de Lima; M . B. Burgos {oras), Juizados Especiais Criminais, sistema

judicialesociedade no Brasil-, ensaios interdisciplinares, Niterói, Intertexto. pp. 67-94.

_____ . (2008), “Os novos contextos e os novos termos do debate contemporâneo sobre o aborto,

Entre as questões de gênero e os efeitos das narrativas biológicas, jurídicas e religiosas'1. Série Antropologia, 41 9 :1 -32, B rasília.

MAINE, Sir Henri J. S. (1861), A ncientlaw. Its connections with the earlv history of society and its relation to modern ideas. Londres, Johii M urray; Boston, Beacon Press.

MALINOWSKI, Bronislaw (1 ^7Ç>), Argonautas do Pacifico ocidental. São Paulo, Abril Cultural (col. Os Pensadores).

_____ . (2003), Crime e costume na sociedade selvagem. Brasília, EDUnB,

MARTINS, Paulo Henrique (2008), "‘De Lévi-Strauss a M A . U .S.S. - Movimento Antiutilitarista nas Ciências Sociais: itinerários do dom”. RBCS, 23 (66): 105-30.

MAUSS, Mareei (2003), “Ensaio sobre a dádiva. Forma e razão da troca nas sociedades primitivas (5923-4)”, in ____ , Sociologia eAntropologia, São Paulo, Cosac.e.Naify. pp. 185-314,

MERRY, Sally Engle (1988), “Legal pluralism”. Law an d Society Review, 22 (5): 869-96.

_____ . (1990), Getting justice and getting even. Legal consciousness among working-class Americans. Chicago, The University of Chicago Press.

MERRY, Sally Engle; SILBEY. Susan (1984), “W har do plaintiffs want? Reexamining the concept of dispute”, ju stice System Journal, 9: 151-79.

NADER, Laura (org.) (1969), Law in culture an d society. Chicago, Aldine Publishing Company.

_____ . (1990), Harmony ideology, justice and control in a Mountain Zapotec Village. Stanford, Stanford. University Press.

_____ • (2002), The life o f the la w —Anthropological projects. Berkeley, University of California Press.

NADER. LaurajTODD, H arryjr. (eds.) (1978), The disputingprocess. Law in ten societies. Nova York, Columbia University Press.

NADER, Laura; YNGVESSON, Barbara (1974), “On studying ethnography of law and its consequences”, in J. Honigmann, Handbook o f Social Anthropology, Rand M cNally College Publishing Company, pp. 883-921.

ORTNER, Sherry (1999), “Introduction”, in _____ , The fate o f culture. Geertz and beyond, Los Angeles, University of California Press, pp 1 -14.

_____ . (2005), “Geertz, subjetividad y conciencia posmoderna”, Etnografias Contemporâneas, 1: 25-53, ano 1, Buenos Aires, Escuela de Elumanmdades, Unsam,

RADCLIFFE-BROWN, A. R. (1973), “O direito primitivo”, i n _____ , Estrutura e função na sociedadeprim itiva, Petrópolis, Vozes. pp. 260-69.

ROBERTS, Simon (1978), "'Do we need Anthropology of Law?”, Rain, 25 :4 -7.

SABOURIN, Eric (2008), "Marcel Mauss: da dádiva à questão da reciprocidade”. RB CS, 23 (66): 131-8.

SC H R II ZMEYER, Ana Lúcia Pastore (2004), Sortilégio de saberes', curandeiros e juizes nos tribunais brasileiros (1900-1990). Saó Paulo, Instituto Brasileiro de Ciências Criminais.

_____ , [2007], “Etnografia dissonante dos tribunais dò jú ri”. Tempo Social, 19; 111-29.

_____ . (2008), “Afetos eiti jogo nos tribunais do jú ri”. São Patifa em Perspectiva, 21: 70,-9.

SCH U CH , Patrice (2008a), “A judicialização do amor: sentidos c .paradoxos de uma justiça engajada-’. Campos, 9: 8-29, Curitiba.

_____ . (2008b), “Tecnologias da não-violência e modernização da justiça no Brasil: o caso da

Justiça Restaurativa”, Ciuitas, 8:498-520, Porto Alegre.

_____ . (2009), Práticas de justiça-, antropologia dos modos de governo da infância e juventude no contesto pós-ECA. Porto Alegre, Editora da UFRGS.

SEGATO, Rita Laura (2003), Las estruturas elementares de la violência: ensayos sobre género entre la antropologia, o psicoanálisisylos derechos humanos. Buenos A res, Universidad Nacional de Quilmes/ Prometeo.

SIGAUD, LygiaM . (1979), Os clandestinos e os direitos. São Paulo, Duas Cidades.

_____ . (1.9-8.0.) j Greve nos engenhos. Rio de Janeiro, Paz e ierra.

_____ . (1996). “Direito e coerção moral no mundo dos engenhos”. Estudos Históricos, 9 (18): 361-88, Rio de Janeiro.

_____ . (1999), “As vicissitudes do Ensaio sobre o dom”, Mana, 5 (2): 89-124, Rio de Janeiro.

______ . (2007), “Doxâ ç crença èntre ps antropologas”. Novos Estudos do Gehtup, 77: 129-52.

SIGAUD, Lygia M ; LESTOILE, Benoit de (orgs.) (2006), Ocupações de terra e transformações sociais-, uma experiência de etnografia coledva. Rio de Janeiro, FGV.

SOUZA SANTOS, Boaventura de. (1988), O discurso e o poder, ensaio sobre a Sociologia da retórica jurídica. Porto Alegre, Sergio Antonio Fabris Editor.

_____ . (1989), “Introdução à Sociologia da Administração da Justiça”, in J. E. Faria, Direito e justiça, a função social do judiciário, São. Paulo, Aticã.

_____ . (1995), Towarda new common sense-, law, science and politics in the paradigmatic transition. Nova York, Routledge.

_____ . (2000a), Globalizing institutions: case studies in regulation and innovation. Aldershot, Ashgate.

_____ . (2000b), “Por uma concepção m ulticultural de direitos hum anos’, in B- F. Bianco (org.), Identidades. Estudos de cultura e poder, São Paulo, Hucitec.

STARR, June; COLLIER, Jane F. (1989), “Introduction: dialogues in Legal Anthropology”, in

_____ a (orgs.), History andpouter in the study o f law. new directions in Legal Anthropology, Ithaca, Cornell University Press, pp. 1-2.8.

W ILSON, Richard A. (1977), “Human rights, culture and context: an introduction”, in ____ * Human rights, culture and context. Anthropological perspectives, Londres/Sterling. Pluto Press.

Publicado

2009-01-15

Cómo citar

Schuch, P. (2009). Antropologia do Direito: trajetória e desafios contemporâneos. BIB - Revista Brasileira De Informação Bibliográfica Em Ciências Sociais, (67), 51–73. Recuperado a partir de https://bibanpocs.emnuvens.com.br/revista/article/view/322

Número

Sección

Balanços Bibliográficos

Artículos similares

También puede {advancedSearchLink} para este artículo.