As ciências sociais nos desastres

um campo de pesquisa em construção

Autores

  • Victor Marchezini

Palavras-chave:

Desastres Socioambientais, Vulnerabilidade, Sociologia dos Desastres, Antropologia dos Desastres, Risco

Resumo

O envolvimento científico das ciências sociais com o tema “desastres” ocorre principalmente a partir da década de 1970, com o desenvolvimento da sociologia dos desastres nos Estados Unidos da América e também de outras vertentes que criticam a concepção de desastres “naturais”, como alguns cientistas britânicos e outros da La Red de Estudios Sociales en Prevención de Desastres en América Latina(La Red). No Brasil, de que modo as ciências sociais têm se envolvido com o tema “desastres”? Este estudo objetiva refletir sobre essa questão, contribuindo com pesquisas anteriores que analisaram o envolvimento da antropologia brasileira e da produção científica nacional no período entre 2000 e 2013. Os resultados mostram que o envolvimento de cientistas sociais brasileiros nesse tema é recente, embora haja histórico de desastres no país.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ACOSTA, V. G. (Ed.). Historia y desastres en America Latina I. Cidade do México: Centro de Investigaciones y Estudios Superiores en Antropología Social, 1996.

______. (Ed.). Historia y desastres en America Latina II. Cidade do México: La Red, 1997.

______. (Ed.). Historia y desastres en América Latina III. Cidade do México: Centro de Investigaciones y Estudios Superiores en Antropología Social: La Red, 2008.

ACSELRAD, H. Justiça ambiental e construção social do risco. In: ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDOS POPULACIONAIS, 13., nov. 2002, Caxambu. Anais… Curitiba: UFPR, 2002. Não paginado. Disponível em: <https://goo.gl/KgG3Hg>. Acesso em: 31 jan. 2018.

______. Vulnerabilidade ambiental, processos e relações. In: ENCONTRO NACIONAL DE PRODUTORES E USUÁRIOS DE INFORMAÇÕES SOCIAIS, ECONÔMICAS E TERRITORIAIS, 2., ago. 2006, Rio de Janeiro. Anais… Rio de Janeiro: FIBGE, 2006a. Paginação irregular.

______. As cidades e as apropriações sociais das mudanças climáticas. Cadernos IPPUR, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1, p. 77-106, 2006b.

______. Ambientalização das lutas sociais: o caso do movimento por justiça ambiental. Estudos Avançados, São Paulo, v. 24, n. 68, p. 103-119, 2010.

ACSELRAD, H. et al. O que é justiça ambiental. Rio de Janeiro: Garamond, 2008.

AGAMBEN, G. Estado de exceção. São Paulo: Boitempo, 2004.

ALVES, H. P. F.; TORRES, H. G. Vulnerabilidade socioambiental na cidade de São Paulo: uma análise de famílias e domicílios em situação de pobreza e risco ambiental. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, v. 20, n. 1, p. 44-60, 2006.

BANCO MUNDIAL. Avaliação de perdas e danos: inundações bruscas em Santa Catarina: novembro de 2008. Brasília: Banco Mundial, 2012a.

______. Avaliação de perdas e danos: inundações e deslizamentos na Região Serrana do Rio de Janeiro: janeiro de 2011. Brasília: Banco Mundial, 2012b.

BECK, U. A reinvenção da política: rumo a uma teoria da modernização reflexiva. In: BECK, U.; GIDDENS, A.; LASH, S. (Ed.). Modernização reflexiva: política, tradição e estética na ordem social moderna. São Paulo: Unifesp, 1997. p. 11-71.

BECK, U.; GIDDENS, A.; LASH, S. (Ed.). Modernização reflexiva: política, tradição e estética na ordem social moderna. São Paulo: Unifesp, 1997.

BENADUSI, M. Pedagogies of the unknown: unpacking “culture” in disaster risk reduction education. Journal of Contingencies and Crisis Management, New Jersey, v. 22, n. 3, p. 174-183, 2014.

BOURDIEU, P. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004.

BOURDIEU, P. et al. O ofício de sociólogo: metodologia de pesquisa na sociologia. Petrópolis: Vozes, 2007.

BRUSEKE, F. Risco social, risco ambiental, risco individual. Ambiente & Sociedade, Campinas, v. 1, n. 1, p. 117-133, 1997.

CALDAS, G. (Ed.). Vozes e silenciamentos em Mariana: crime ou desastre ambiental? Campinas: BCCL: Unicamp, 2017.

CARDOSO, A. L. Risco urbano e moradia: a construção social do risco em uma favela do Rio de Janeiro. Cadernos IPPUR, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1, p. 27-48, 2006.

CARMO, R. L. Urbanização e desastres: desafios para a segurança humana no Brasil. In: CARMO, R.; VALENCIO, N. (Ed.). Segurança humana no contexto dos desastres. São Carlos: Rima, 2014. p. 1-14.

CARMO, R. L.; ANAZAWA, T. M. Mortalidade por desastres no Brasil: o que mostram os dados. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 19, n. 9, p. 3669-3681, 2014.

COSTA, S. Quase crítica: insuficiências da sociologia da modernização reflexiva. Tempo Social, São Paulo, v. 16, n. 2, p. 73-100, 2004.

DAS, V. The anthropology of violence and the speech of victims. Anthropology Today, Londres, v. 3, n. 4, p. 11-13, 1987.

______. Critical events: an anthropological perspective on contemporary India. Delhi: Oxford University Press, 1998.

DESROSIÈRES, A. The politics of large numbers: a history of statistical reasoning. Cambridge: Harvard University Press, 1998.

DOMBROWSKY, W. Again and again: is a disaster we call a “disaster”? In: QUARANTELLI, E. (Ed.). What is a disaster? Perspectives on the question. Abingdon: Routledge, 1998. p. 19-30.

DOUGLAS, M.; WILDAVSKY, A. Risk and culture: an essay on the selection of technical and environmental dangers. Berkeley: University of California Press, 1982.

DRABEK, T. Human system responses to disaster: an inventory of sociological findings. Nova York: Springer-Verlag, 1986.

DYNES, R. Organized behavior in disaster. Lanham: Heath Lexington Books, 1970.

DYNES, R.; QUARANTELLI, E. The place of the 1917 explosion in Halifax Harbor in the history of disaster research: the work of Samuel H. Prince. In: CONFERENCE THE 1917 EXPLOSION: COLLISION IN HALIFAX HARBOUR AND ITS CONSEQUENCES, 3-6 dez. 1992, Nova Scotia. Anais… Newark: University of Delaware Disaster Research Center, 1993. Paginação irregular. Disponível em: <https://goo.gl/gXYvnh>. Acesso em: 31 jan. 2018.

EVANGELISTA, J. D. Água benta e água consagrada: representações religiosas e representações de risco na periferia de São Carlos/SP. In: VALENCIO, N. et al. (Ed.). Sociologia dos desastres: construção, interfaces e perspectivas no Brasil. São Carlos: Rima, 2009. p. 131-145.

FAAS, A. J.; BARRIOS, R. Applied anthropology of risk, hazards, and disasters. Human Organization, v. 74, n. 4, p. 287-295, 2015.

FRITZ, C. Disaster. In: MERTON, R.; NISBET, R. (Ed.). Contemporary social problems. Nova York: Harcourt, 1961. p. 651-694.

GERALDI, D. Pessoas com deficiência visual: do estigma às limitações da vida cotidiana em circunstâncias de riscos e de desastres relacionados às chuvas. In: VALENCIO, N. et al. (Ed.). Sociologia dos desastres: construção, interfaces e perspectivas no Brasil. São Carlos: Rima, 2009. p. 107-118.

GIDDENS, A. As consequências da modernidade. São Paulo: Unesp, 1991.

GILBERT, C. Studying disaster: changes in the main conceptual tools. In: QUARANTELLI, E. (Ed.). What is a disaster? Perspectives on the question. Abingdon: Routledge, 1998. p. 11-18.

GONÇALVES, J. C.; MARCHEZINI, V.; VALENCIO, N. Desastres relacionados a colapsos de embalses en Brasil: aspectos sociopolíticos de una seguridad ilusoria. Estudios Sociológicos, Cidade do México, v. 30, n. 90, p. 773-804, 2012.

GUIVANT, J. A trajetória das análises de risco: da periferia ao centro da teoria social. Revista Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais, n. 46, p. 3-38, 2. sem. 1998.

HEWITT, K. The idea of calamity in a technocratic age. In: HEWITT, K. (Ed.). Interpretations of calamity. Boston: Allen and Unwin, 1983. p. 3-32.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo demográfico 2010: aglomerados subnormais, informações territoriais. Rio de Janeiro: IBGE, 2013.

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS. Geo Brasil 2002: perspectivas para o meio ambiente no Brasil. Brasília: Ibama, 2002.

KOGA, D. O impacto dos fenômenos climáticos sobre a organização e dinâmica sócio-produtiva num assentamento rural: estudo de caso dos efeitos das chuvas no assentamento Bela Vista do Chibarro em Araraquara/SP. In: VALENCIO, N. et al. (Ed.). Sociologia dos desastres: construção, interfaces e perspectivas no Brasil. São Carlos: Rima, 2009. p. 119-130.

KONDO, S. et al. How do “numbers” construct social reality in disaster stricken areas? A case of the 2008 Wenchuan earthquake in Sichuan, China. Natural Hazards, Nova York, v. 62, n. 1, p. 1-11, 2011.

KROLL-SMITH, S.; GUNTER, V. Legislators, interpreters, and disasters. In: QUARANTELLI, E. (Ed.). What is a disaster? Perspectives on the question. Abingdon: Routledge, 1998. p. 160-176.

KUMAR-JHA, M. Natural and anthropogenic disasters: an overview. In: KUMAR-JHA, M. (Ed.). Natural and anthropogenic disasters: vulnerability, preparedness and mitigation. Dordrecht: Springer, 2010. p. 1-16.

LAVELL, A. Ciencias Sociales y desastres naturales en America Latina: un encuentro inconcluso. In: MASKREY, A. (Ed.). Los desastres no son naturales. Cidade do Panamá: La Red, 1993. p. 111-125.

______. Los conceptos, estudios y práctica en torno al tema de los riesgos y desastres en América Latina: evolución y cambio, 1980-2004: el rol de la Red, sus miembros y sus instituciones de apoyo. In: La gobernabilidad en América Latina: balance reciente y tendencias a futuro. Curridabat: Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales, 2005. Disponível em: <https://goo.gl/5TydaR>. Acesso em: 31 jan. 2018. p. 1-66.

LAVELL, A.; MASKREY, A. The future of disaster risk management. Environmental Hazards, Nova York, v. 13, n. 4, p. 267-280, 2014.

LINDELL, M. Disaster studies. Sociopedia.isa, Thousand Oaks, 2011. Disponível em: <https://goo.gl/14rwKn>. Acesso em: 31 jan. 2018.

LOSEKANN, C. “It was no accident!” The place of emotions in the mobilization of people affected by the collapse of Samarco’s tailings dam in Brazil. Vibrant: Virtual Brazilian Anthropology, v. 14, n. 2, p. 102-126, 2017.

MARANDOLA JUNIOR, E.; HOGAN, D. As dimensões da vulnerabilidade. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, v. 20, n. 1, p. 33-43, 2006.

MARCHEZINI, V. Dos desastres da natureza à natureza dos desastres. In: VALENCIO, N. et al. (Ed.). Sociologia dos desastres: construção, interfaces e perspectivas no Brasil. São Carlos: Rima, 2009. p. 48-57.

______. Desafios de gestão de abrigos temporários: uma análise sociológica de inseguranças e riscos no cotidiano de famílias abrigadas. 2010. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2010.

______. Janeiro de 2010, São Luiz do Paraitinga/SP: lógicas de poder, discursos e práticas em torno de um desastre. 2013. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2013.

______. La producción silenciada de los “desastres naturales” en catástrofes sociales. Revista Mexicana de Sociologia, Cidade do México, v. 76, n. 2, p. 253-285, 2014a.

______. Campos de desabrigados: a continuidade do desastre. São Carlos: Rima, 2014b.

______. Processos de recuperação em desastres: discursos e práticas. São Carlos: Rima, 2014c.

______. A produção simbólica dos “desastres naturais”: composições, seleções e recortes. Interseções, Rio de Janeiro, v. 16, n. 1, p. 174-196, 2014d.

______. Biopolitics of disaster: power, discourses, and practices. Human Organization, Oklahoma City, v. 74, n. 4, p. 362-371, 2015a.

______. Redução de vulnerabilidade a desastres: dimensões políticas, científicas e socioeconômicas. Waterlat-Gobacit Network Working Papers, Newcastle upon Tyne, v. 2, n. 17, p. 82-102, 2015b.

______. Social recovery in disasters: the cultural resistance of Luizenses. In: COMPANION, M. (Ed.). Disaster’s impact on livelihood and cultural survival: losses, opportunities, and mitigation. Boca Raton: CRS Press, 2015c. p.293-304.

MARCHEZINI, V.; WISNER, B. Challenges for vulnerability reduction in Brazil: insights from the PAR framework. In: MARCHEZINI, V. et al. (Ed.). Reduction of vulnerability to disasters: from knowledge to action. São Carlos: Rima, 2017. p. 57-96.

MARCHEZINI, V.; SARTORI, J.; GONÇALVES, J. C. Desenvolvimento, desastres e reconstrução: o caso de São Luiz do Paraitinga/SP, Brasil. Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional, v. 13, n. 2, p. 202-226, 2017.

MARTINS, M. H. M.; TAVANTI, R. M.; SPINK, M. J. P. Vulnerabilidade em artigos científicos brasileiros sobre desastres ambientais. Athenea Digital: Revista de Pensamiento e Investigación Social, Barcelona, v. 16, n. 3, p. 347-365, 2016.

MATTEDI, M. A. As enchentes como tragédias anunciadas: impactos da problemática ambiental nas situações de emergência em Santa Catarina. 1999. Tese (Doutorado) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1999.

MATTEDI, M. A.; BUTZKE, I. A relação entre o social e o natural nas abordagens de hazards e de desastres. Revista Ambiente & Sociedade, São Paulo, v. 4, n. 9, p. 93-114, 2001.

MILANEZ, B.; LOSEKANN, C. (Ed.). Desastre no Vale do Rio Doce: antecedentes, impactos e ações sobre a destruição. Rio de Janeiro: Folio Digital: Letra e Imagem, 2016.

O’KEEFE, P.; WESTGATE, K.; WISNER, B. Taking the “naturalness” out of “natural” disasters. Nature, Basingstoke, v. 260, p. 566-567, abr. 1976.

OLIVER-SMITH, A. Reconstrucción después del desastre: una visión general de secuelas y problemas. In: LAVELL, A. (Ed.). Al norte del Rio Grande. Cidade do Panamá: La Red, 1994. p. 25-40.

______. The brotherhood of pain: theoretical and applied perspectives on post-disaster solidarity. In: OLIVER-SMITH, A.; HOFFMAN, S. M. (Ed.). The angry Earth: disaster in anthropological perspective. Abingdon: Routledge, 2012. p. 204-225.

OLIVER-SMITH, A. et al. Forensic Investigations of Disasters (FORIN): a conceptual framework and guide to research. Beijing: Integrated Research on Disaster Risk, 2016.

______. A construção social do risco de desastres: em busca das causas básicas. In: MARCHEZINI, V. et al. (Ed.). Reduction of vulnerability to disasters: from knowledge to action. São Carlos: Rima, 2017. p. 97-114.

PAVAN, B. J. C. O olhar da criança sobre o desastre: uma análise baseada em desenhos. In: VALENCIO, N. (Ed.). Sociologia dos desastres: construção, interfaces e perspectivas no Brasil. São Carlos: Rima, 2009. p. 96-106.

PERRY, R. Disasters, definitions and theory construction. In: PERRY, R.; QUARANTELLI, E. (Ed.). What is a disaster? New answers to old questions. Bloomington: XLibris, 2005. p. 311-324.

PHILLIPS, B.; FORDHAM, M. Introduction. In: THOMAS, D. et al. (Ed.). Social vulnerability to disasters. Abington: CRC Press, 2010. p. 1-26.

PINHEIRO, F. D. Quando a casa sai? A política de reconstrução de moradias para os afetados em desastres socioambientais no Vale do Cuiabá – Petrópolis, RJ. 2014. Tese (Doutorado) – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2014.

______. A atuação do INEA no Vale do Cuiabá, Petrópolis, RJ: remoções e violações de direitos como justificativa de proteção à vida dos afetados. O Social em Questão, Rio de Janeiro, v. 8, n. 3, p. 215-238, 2015.

QUARANTELLI, E. Introduction: the basic question, its importance, and how it is addressed in this volume. In: QUARANTELLI, E. (Ed.). What is a disaster? Perspectives on the question. Abingdon: Routledge, 1998. p. 1-7.

RODRIGUES, A. C. et al. Delineamento da produção científica sobre desastres no Brasil no início deste século. Desenvolvimento e Meio Ambiente, Curitiba, v. 34, p. 61-73, ago. 2015.

RODRÍGUEZ, H.; QUARANTELLI, E.; DYNES, R. Introduction. In: RODRÍGUEZ, H.; QUARANTELLI, E.; DYNES, R. (Ed.). Handbook of disaster research. Nova York: Springer, 2007. p. XXIII-XX.

ROMERO, G.; MASKREY, A. Como entender los desastres naturales. In: MASKREY, A. (Ed.). Los desastres no son naturales. Cidade do Panamá: La Red, 1993. p. 6-10.

SANTOS, A. B. et al. A catástrofe de 1967. In: CAMPOS, J. F. (Ed.). Santo Antônio de Caraguatatuba: memórias e tradições de um povo. Caraguatatuba: Fundacc, 2000.

SANTOS, J. R. C. C. A cultura como protagonista do processo de reconstrução da cidade de São Luiz do Paraitinga/SP. 2015. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015.

SARTORI, J. Como esquecer? Memórias de um desastre vivenciado. 2014. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Carlos, 2014.

SIENA, M. A vulnerabilidade social diante das tempestades: da vivência dos danos na moradia à condição de desalojados/desabrigados pelo recorte de gênero. 2006. Monografia de Conclusão de Curso – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2006.

______. A dimensão de gênero na análise sociológica dos desastres: conflitos entre desabrigadas e gestoras de abrigos temporários relacionados às chuvas. 2009. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2009.

______. A atenção social nos desastres: uma análise sociológica das diversas concepções de atendimento aos grupos sociais afetados. 2012. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2012.

SILVA, R. A. C. Águas de novembro: estudo antropológico sobre memória e vitimização de grupos sociais citadinos e ação da Defesa Civil na experiência de calamidade pública por desastre ambiental (Blumenau, Brasil). 2013. Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2013.

SILVA, T. C. Radiation illness representation and experience: the aftermath of the Goiânia radiological disaster. 2002. Tese (Doutorado) – New York University, Nova York, 2002.

______. Eventos críticos: sobreviventes, narrativas, testemunhos e silêncios. In: REUNIÃO BRASILEIRA DE ANTROPOLOGIA, 27., 1-4 ago. 2010, Belém. Anais… [S.l.]: [s.n.], 2010. Paginação irregular. Disponível em: <https://goo.gl/qucUNa>. Acesso em: 1 fev. 2018.

______. Silêncios da dor: enfoque geracional e agência no caso do desastre radioativo de Goiânia, Brasil. Iberoamericana: Nordic Journal of Latin America and Caribbean Studies, Estocolmo, v. 46, n. 1, p. 17-29, 2017.

SOROKIN, P. Man and society in calamity: the effects of war, revolution, famine, pestilence upon human mind, behavior, social organization and cultural life. Nova York: E.P. Dutton and Company, 1942.

TADDEI, R. R. Sobre a invisibilidade dos desastres na antropologia brasileira. Waterlat-Gobacit Network Working Papers, Newcastle upon Tyne, v. 1, n. 1, p. 30-42, 2014.

UNITED NATIONS CONFERENCE ON HOUSING AND SUSTAINABLE URBAN DEVELOPMENT. Draft outcome document of the United Nations Conference on Housing and Sustainable Urban Development (Habitat III). Genebra: UN Habitat, 2016.

UNITED NATIONS INTERNATIONAL STRATEGY FOR DISASTER REDUCTION. Hyogo Framework for Action 2005-2015: building the resilience of nations and communities to disasters. Genebra: UNISDR, 2005. Disponível em: <https://goo.gl/Vi8gyQ>. Acesso em: 1 fev. 2018.

______. Sendai framework for disaster risk reduction 2015-2030. Genebra: UNISDR, 2015.

VALENCIO, N. Da morte da Quimera à procura de Pégaso: a importância da interpretação sociológica na análise do fenômeno denominado desastre. In: VALENCIO, N. (Ed.). Sociologia dos desastres: construção, interfaces e perspectivas no Brasil. São Carlos: Rima, 2009. p. 3-18.

______. Natural disasters as a symptom of a disputable development: considerations on the Brazilian institutional vulnerability. Terrae, Campinas, v. 7, n. 1-2, p. 14-21, 2010a.

______. (Ed.). Sociologia dos desastres: construção, interfaces e perspectivas no Brasil. São Carlos: Rima, 2010b. (Volume 2).

______. Para além do “dia do desastre”: o caso brasileiro. Curitiba: Appris, 2012.

______. (Ed.). Sociologia dos desastres: construção, interfaces e perspectivas no Brasil. São Carlos: Rima, 2013. (Volume 3).

______. Desastres normais: das raízes aos rumos de uma dinâmica tecnopolítica perversa. In: SIQUEIRA, A. et al. (Ed.). Riscos de desastres relacionados à água: aplicabilidade de bases conceituais das Ciências Humanas e Sociais para a análise de casos concretos. São Carlos: Rima, 2015. p. 79-120.

______. A ordem invisível por detrás do caos aparente: arquitetura do poder e desfiliação social no contexto de desastre. In: ENCONTRO ANUAL DA ANPOCS, 41., 2017, Caxambu. Anais… São Paulo: Anpocs, 2017. Não paginado. Disponível em: <https://goo.gl/vK3saR>. Acesso em: 1 fev. 2018.

VALENCIO, N.; SIENA, M. (Ed.). Sociologia dos desastres: construção, interfaces e perspectivas no Brasil. São Carlos: Rima, 2014. (Volume 4).

VALENCIO, N.; MARCHEZINI, V.; SIENA, M. Desastre e indiferença social: o Estado perante os desabrigados. Antropolítica, Rio de Janeiro, v. 23, p. 223-254, 2009.

______. Abandonados nos desastres: uma análise sociológica de dimensões objetivas e simbólicas de afetação de grupos sociais desabrigados e desalojados. Brasília: Conselho Federal de Psicologia, 2011.

VALENCIO, N. et al. Chuvas no Brasil: representações e práticas sociais. Política e Sociedade, São Carlos, v. 4, n. 7, p. 163-183, 2005.

______. Implicações éticas e sociopolíticas das práticas de Defesa Civil diante das chuvas: reflexões sobre grupos vulneráveis e cidadania participativa. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, v. 20, n. 1, p. 44-60, 2006.

______. Desastres no imaginário infantil: expressão gráfica e percepção dos danos no uso de um esquema classificatório de defesa civil. Políticas Educativas, Porto Alegre, v. 2, n. 1, p. 118-133, 2008.

______. (Ed.). Sociologia dos desastres: construção, interfaces e perspectivas no Brasil. São Carlos: Rima, 2009.

______. Desastres e desamparo coletivo: o ente público diante dos grupos afetados. In: PINTO, M. C. O.; MORAIS, M. J.; LIMA, J. C. (Ed.). Processos de territorialização e identidades sociais. São Carlos: Rima, 2012. p. 123-144.

VARGAS, D. Da chuva atípica à falta de todo mundo: a luta pela classificação de um desastre no município de Teresópolis/RJ. 2013. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2013.

VIANA, M. B. Avaliando Minas: índice de sustentabilidade da mineração (ISM). 2012. 372 f. Tese (Doutorado em Desenvolvimento Sustentável) – Universidade de Brasília, Brasília, DF, 2012.

WILCHES-CHAUX, G. La vulnerabilidad global. In: MASKREY, A. (Ed.). Los desastres no son naturales. Cidade do Panamá: La Red, 1993. p. 11-41.

WISNER, B. “Vulnerability” in disaster theory and practice: from soup to taxonomy, then to analysis and finally tool. In: INTERNATIONAL WORK-CONFERENCE DISASTER STUDIES OF WAGENINGEN UNIVERSITY AND RESEARCH CENTRE, jun. 2001, Wageningen. Proceedings… Wageningen: Wageningen University, 2001.

______. Vulnerability as concept, model, metric, and tool. Oxford Research Encyclopedia of Natural Hazard Science, Cambridge, ago. 2016. Disponível em: <https://goo.gl/CeULsc>. Acesso em: 1 fev. 2018.

WISNER, B.; GAILLARD, J. C. An introduction to neglected disasters. Jàmbá: Journal of Disaster Risk Studies, v. 2, n. 3, p. 151-158, 2009.

WISNER, B. et al. At risk: natural hazards, people’s vulnerability, and disasters. Abingdon: Routledge, 2004.

ZHOURI, A. et al. O desastre da Samarco e a política das afetações: classificações e ações que produzem o sofrimento social. Ciência e Cultura, Campinas, v. 68, n. 3, p. 36-40, 2016.

______. The Rio Doce mining disaster in Brazil: between policies of reparation and the politics of affectations. Vibrant: Virtual Brazilian Anthropology, v. 14, n. 2, p. 1-21, 2017.

ZUCARELLI, M. Efeitos institucionais e políticos dos processos de mediação de conflitos. In: MILANEZ, B.; LOSEKANN, C. (Ed.). Desastre no Vale do Rio Doce: antecedentes, impactos e ações sobre a destruição. Rio de Janeiro: Folio Digital: Letra e Imagem, 2016. p. 311-335.

Downloads

Publicado

2017-03-05

Como Citar

Marchezini, V. (2017). As ciências sociais nos desastres: um campo de pesquisa em construção. BIB - Revista Brasileira De Informação Bibliográfica Em Ciências Sociais, (83), 43–72. Recuperado de https://bibanpocs.emnuvens.com.br/revista/article/view/431

Edição

Seção

Balanços Bibliográficos