O risco no âmbito da teoria social

quatro perspectivas em debate

Autores

  • João Areosa

Palavras-chave:

Risco, Teoria Sociai, Incerteza

Resumo

E provável que o risco se esteja a to rn a r n u m te m a central para a m odernidade. Sua definição conceptual está longe de reu n ir consensos, quer nos m eios científicos, quer para o público em geral. O risco e n q u a nto objecto de pesquisa é abordado p o r diversas disciplinas, que, p o r vezes, apresentam perspectivas c o n tra­ditórias ou antagónicas en tre si. O cam po de utilização d o risco é bastan te diversificado e susceptível de m últiplas interpretações. Neste artigo, após breve in tro d u ção à noção de risco, vam os à discussão das diferentes perspectivas do risco na teoria social, sem descurar as diferenças e os co n trib u to s de outras áreas cientificas. O risco pode ser visto com o u m a entid ad e o m nipresente em m uitas actividades do m u n d o social e é p o r esse m otivo que o seu estudo ganha p ertin ên cia nas sociedades contem porâneas. Q u an d o nos interrogam os so b re “o que é q risca?” , verificam os q u e estam os p erante u m a questão m u ito com plexa, d e difícil definição e objectívação, o n d e os seus lim ites e fronteiras são am bíguos, visto que sua noção se Converte em m ú ltiplo s significados e conotações sociais

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ADAM, Barbara; VAN LOON, loost (2000), “Introduction: repositioning risk; the challenge for social theory”, in ADAM, B,; BECK, U.; VAN LOON. J. (orgs.). The risk society and beyond. Critical issues for Social Theory. London, Sage.

ADAMS, John (1995), Risk-, the policy implications of risk compensation and plural rationalities. London, UCL Press.

_____ . (2005), Big ideas-, risk. London, New Scientist.

AREOSA, João (2003), “Riscos e acidentes de trabalho: inevitável fatalidade ou gestão negligente?”. Sociedade e Trabalho, 19/20: 31-44.

_____ . (2005), “A hegemonia contemporânea dos ‘nõvos’ riscos”, in Soares, G. et al. (org.), Análise e gestão de riscos, segurança e fiabilidade, Lisboa, Salamandra.

_____ . (2007a)., “As. percepções de riscos dos trabalhadores: conhecimento ou ‘iliteracia’?”, in COLÓQUIO INTERNACIONAL DE SEGURANÇA E HIGIENE OCUPACIONAIS— SHO 2007, Guimarães. Anais... Guimarães, pp. 131-4.

_____ . (2007b), “Atitudes éompòrtamentais perante ó risco”, in CONGRESSO INTERNACIONAL DE SEGURANÇA E HIGIENE N O TRABALHO 2007, Porto. Anais... Porto.

_____ . (2007c), “As. percepções de riscos num serviço de imagiologia hospitalar”, m SOARES., G. et al. (orgs.). Riscos, públicos e industriais. Lisboa, Salamandra.

______, (2QÕ8), “Risco e análise de riscos: contributos para a sua conceptualização”, in COLÓQUIO INTERNACIONAL DE SEGURANÇA E HIGIENE OCUPACIONAIS- SHO 2008, Guimarães. Anais... Guimarães, pp. 45-50.

_____ . (2009), “Organizações de alta fiabilidade: que limites para a segurança?”, in Soares, G. et al. (orgs.). Riscos industriais e emergentes. Lisboa, Saiamandra,

BECK, Ulrich (1992), Risk society. Towards a new modernity. London, Sage.

_____ . (1999), World risk society. Cambridge, Polity Press.

_____ . (2002), “O Estado cosmopolita - Para uma utopia realista”. Disponível em: . Acesso em: 15 tev. 2006.

BECK, Ulrich; GIDDENS, Anthony; LASH, Scott (2000), Modernização reflexiva: política, tradição e estética na ordem social moderna. Oeiras, Celta.

CASTEL, Robert (1991), “From dangerousness to risk”, in BURCHELL, G.; GORDON, C.;

MILLER, R (orgs.). The Foucault effect. Studies in govemmenrality with two lectures by and an interview with Michel Foucault. London, Harvester Wheatsheaf.

DEAN, Mitchell (1999), “Risk, calculable and incalculable”, in LUPTON, D. (org.). Risk and Socioadtural Theory, new directions and perspectives. Cambridge, Cambridge University Press.

DOUGLAS, Mary (1985), Risk acceptability according to the Social Sciences. New York, Russell Sage Foundation.

DOUGLAS, Mary; WILDAVSKY, Aaron (1982), Risk and culture-, an essay on the selection of technological and environmental dangers. Berkeley CA, University of California Press.

ELLIOTT, Anthony (2002), “Becks Sociology of Risk: a critical assessment”. Sociology, 36: 293-315.

EWALD, Francois ( 1991 ), “Insurance and risk”, in BURCHELL, G.; G ORDON, C.;

MILLER, P. (orgs.). The Foucault effect. Studies in governmental]ty with two lectures by and an interview with Michel Foucault. London, Harvester Wheatsheaf.

______. (1993), Foucault, a norma e o direito. Lisboa, Vega. FISCHflOFF, Baruch; WATSON, Stephen; HOPE, Chris (1984), “Defining risk”. Policy Sciences, 17: 123-39- FOUCAULT, Michel (1975), Vigiar epunir. Petrópolis, Vozes.

______. (1979), Microfisica do poder. Rio de Janeiro, Graal. GIDDENS, Anthony (1994), Modernidade e identidade pessoal. Oeiras, Celta.

_____ . (1998),j4s consequências da modernidade. Oeiras, Celta.

______. (2000), O mundo na era da globalização. Lisboa, Presença.

HANNIGAN, John (1995), Sociologia ambiental, a formação de uma perspectiva social. Lisboa, Piaget Editora.

JEFFCOTT, Michèle (2004), Investigating the perception of technological incidents-, a case study in the application of psychometric techniques to understand risk perceptions toward obstetric technology within the UK National Health Service. Tese de doutorado. University of Glasgow, Glasgow, Escócia.

KRIMSKY, Sheldon (1992), “The role of theory in risk studies”, in KRIMSKY, S.; GOLDING,

D. (orgs.). Social theories o f risk. Westport CT, Praeger.

LAGADEC, Patrick (1981), La civilisation du risque-, catastrophes tecnologiqu.es et responsabilité sociale. Pans, Seuil.

LASH, Scott (2000), “Risk Culture”, in ADAM, B.; BECK, U ; VAN LOON, J. (orgs.). The risk society and beyond. Critical issues for Social Theory. London, Sage.

LOEW ENSTEIN, George et al. (2001), “Risk as feelings”. Psychological Bidletin, 127: 267-86.

LUHMANN, Niklas (1993)i Risk: a sociological theory. New York, Aldine de Gruyter.

_____ . (2001), A improbabilidade da comunicação. Lisboa, Vega.

LUPTON, Deborah (1999), “Introdution: risk and sociocultural theory”, in LUPTON, D. (org.). Risk and Sociocultural theory, new directions and perspectives. Cambridge, Cambridge University Press.

MORAES, Thiago; NASCIMENTO, Maria (2002), "Da norma ao risco: transformações na produção de subjetividades contemporâneas”. Psicologia, em Estudo, 1: 91-102.

PERRO W, Charles (1999), Normal accidents: living with high-risk technologies. New Jersey, Princeton University Press.

REASON, James (1997), Managing rhe risks of organizacional accidents. England, Ashgare.

RENN, Ortwin (1992), '‘Concepts of risk: a classification”, in KRIMSKY, S.; GOLDING, D. (orgs.). Social theories of risk. Westport CT, Praeger.

RENN, Ortwin et at. (1992), “The social amplification of risk: theoretical foundations and empirical applications”. Journal ofSocial Issues, 48: 137-60.

THOM PSON, Michael; WILDAVSKY, Aaron (1982), “A proposal to create a cultural theory of risk”, in KUNREUTHER, H. C.; LEY, E. V. (orgs.). The risk analysis controversy - an institutional perspective. Berlin, Springer.

TURNER, Barry: PIDGEON, Nick (1997), Man-made disaster. Oxford, Butcerworth- Heinemann.

WEINSTEIN, Neil (1980), “Unrealistic optimism about future life events". Journal of Personality & Social Psychology, 39: 806-20.

WILDAVSKY, Aaron (1979), “No risk is the highest risk of all”. American Scientist, 67: 32-7.

Downloads

Publicado

2009-07-20

Como Citar

Areosa, J. (2009). O risco no âmbito da teoria social: quatro perspectivas em debate. BIB - Revista Brasileira De Informação Bibliográfica Em Ciências Sociais, (68), 56–76. Recuperado de https://bibanpocs.emnuvens.com.br/revista/article/view/333

Edição

Seção

Balanços Bibliográficos