Instituições militares também aprendem?

uma revisão bibliográfica sobre abordagens organizacionais na gestão de defesa

Autores

Palavras-chave:

Gestão de defesa, Mudança organizacional, Aprendizado organizacional, Forças armadas, Relações civis-militares

Resumo

Este artigo tem como objetivo apresentar uma revisão bibliográfica para alinhar a seara de relações civis-militares com o conteúdo analítico e de prognósticos de teorias sobre mudança e aprendizado organizacionais possíveis de serem aplicadas em organizações militares. O artigo expõe os presentes eixos de produção acadêmica, bem como os potenciais e limitações de cada um deles. A contribuição que se busca é a de síntese e apresentação de ferramentas de análise que iluminem os diversos aspectos que constituem o processo de mudança organizacional no meio militar, desvendando algumas preconcepções existentes quanto a esta possibilidade para o caso brasileiro.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Tamiris Pereira dos Santos, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

IPrograma de Pós-Graduação em Estudos Estratégicos Internacionais (PPGEEI).

Referências

ALLISON, G.; ZELIKOW, P. Essence of Decision: Explaining the Cuban Missile Crisis. New York: Addison-Wesley, 1999.

BAIRD, L.; HENDERSON, J. C.; WATTS, S. Learning from action: An analysis of the center for army lessons learned (CALL). Human Resource Management, v. 36, n. 4, p. 385-395, 1997. https://doi.org/10.1002/ (SICI)1099-050X(199724)36:4%3C385::AID-HRM3%3E3.0.CO;2-R

BARANY, Z. The Soldier and the Changing State: Building Democratic Armies in Africa, Asia, Europe, and the Americas. Princeton: Princeton University Press, 2012.

BIDDLE, S. D. Military Power: Explaining Victory and Defeat in Modern Battle. Princeton: Princeton University Press, 2006. BROOKS, R. A.; STANLEY, E. A. (org.). Creating Military Power: The Sources of Military Effectiveness. Redwood City: Stanford University Press, 2007.

BRUNEAU, T. C. A conceptual framework for the analysis of civil-military relations and intelligence. Defense and Security Analysis, v. 34, n. 4, p. 345-364, 2018. https://doi.org/10.1080/14751798.2018.1529085

BUZAN, B.; LITTLE, R. International Systems in World History: Remaking the Study of International Relations.

Oxford: Oxford University Press, 2000.

COSTA, A. T. M. O lobby militar e as relações civis-militares durante a Assembléia Nacional Constituinte.

Dissertação (Mestrado em Ciência Política) – Universidade de Brasília, Brasília, 1998.

DAVIDSON, J. Lifting the Fog of Peace: How Americans Learned to Fight Modern War. Ann Arbor: University of Michigan Press, 2010.

DIBELLA, A. J. Can the Army Become a Learning Organization? A Question Reexamined. Joint Forces Quarterly, n. 56, p. 117-122, 2010.

DIBELLA, A. J. Organization theories: perspectives on changing national security institutions. Joint Forces Quarterly, n. 69, p. 13-19, 2013.

FEAVER, P. D. Armed Servants: Agency, Oversight and Civil-Military Relations. Cambridge: Harvard University Press, 2003.

FEAVER, P. D. Civil–military relations and policy: a sampling of a new wave of scholarship. Journal of Strategic Studies, v. 40, n. 1-2, p. 325-342, 2017.

HEBDITCH, D.; CONNOR, K. How to Stage a Military Coup: From Planning to Execution. New York: Skyhorse, 2009.

HALPERIN, M. H.; CLAPP, P. A.; KANTER, A. Bureaucratic Politics and Foreign Policy. 2. ed. Washington, DC: Brookings Institution Press, 2006.

HOROWITZ, M. C. The Diffusion of Military Power: Causes and Consequences for International Politics. Tese (Doutorado) – Harvard University, Cambridge, 2007.

HUNTINGTON, S. P. The Soldier and The State: the theory and politics of civil-military relations. Cambridge: Harvard University Press, 1956.

KADERCAN, B. Strong armies, slow adaptation: civil-military relations and the diffusion of military power. International Security, v. 38, n. 3, p. 117-152, 2014.

KIER, E. Culture and French military doctrine before World War II. In: KATZENSTEIN, P. (ed.). The Culture of National Security: norms and identity in world politics. New York: Columbia University Press, 1996. p. 186-215.

KOLB, A. Y.; KOLB, D. A. Experiential learning theory: a dynamic, holistic approach to management learning, education and development. In: ARMSTRONG, S. J.; FUKAMI, C. V. (ed.). Handbook of Management Learning, Education and Development. Thousand Oaks: Sage, 2008. p. 42-68.

LIBEL, T. The advanced command and staff course (ACSC): the first ten years. Buletinul Universităţii Naţionale de Apărare “Carol I”, n. 2, p. 45-56, 2010.

LUTTWAK, E. N. Coup d’État: a practical handbook. 2. ed. Cambridge: Harvard University Press, 2016.

MURRAY, W. Innovation – Past and future. In: MURRAY, W.; MILLETT, A. R. (ed.). Military Innovation in the Interwar Period. Cambridge: Cambridge University Press, 1996. p. 300-328.

NAGL, J. A. Counterinsurgency Lessons From Malaya and Vietnam: learning to eat soup with a knife. Westport: Praeger, 2002.

PESSOA, T. S. A formação de oficiais e as operações conjuntas : comparações com o caso britânico e os desafios brasileiros de gestão em defesa. Tese (Doutorado em Estudos Estratégicos Internacionais) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2017.

PESSOA, T. S.; DUARTE, E. E. Defense management & defense analysis: desafios para o ministério da defesa. In: ARTURI, C. A. (org.). Políticas de defesa, inteligência e segurança. Porto Alegre: UFRGS: CEGOV, 2014. p. 114-146.

PION-BERLIN, D.; DUDLEY, D. Civil-Military relations: what is the state of the field. In: SOOKERMANY, A. M. (ed.). Handbook of Military Sciences. New York: Springer Cham, 2020. p. 1-22.

POSEN, B. R. The Sources of Military Doctrine: France, Britain, and Germany between the world wars. Ithaca: Cornell University Press, 1986.

PROENÇA JÚNIOR, D. Forças armadas para quê? Para isso. Contexto Internacional, v. 33, n. 2, p. 333-373, 2011. https://doi.org/10.1590/S0102-85292011000200004

RAGIN, C. C. La construcción de la investigación social: introducción a los métodos y su diversidad. Bogotá: Siglo del Hombre, 2007.

RATCHEV, V. Civilianisation of the Defence Ministry: a functional approach to a modern defence institution. Geneva: DCAF, 2011.

ROSEN, S. P. Winning the Next War: innovation and the modern military. Ithaca: Cornell University Press, 1991. SEGAL, D. R.; SEGAL, M. W. Change in military organization. Annual Review of Sociology, v. 9, n. 1, p. 151-170, 1983. https://doi.org/10.1146/annurev.so.09.080183.001055

SENGE, P. M. The Fifth Discipline: the art and practice of the learning organization. New York: Currency Doubleday, 1994.

SILVA, L. H. R. da. A contribuição dos conceitos da gestão da mudança para as relações entre civis e militares no campo político-orçamentário. Dissertação (Mestrado em Administração Pública) – Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, 2007.

SNYDER, J. The Ideology of the Offensive: military decision making and the disasters of 1914. Ithaca: Cornell University Press, 1989.

STULBERG, A. N.; SALOMONE, M. D.; LONG, A. G. Managing Defense Transformation Agency, Culture and Service Change. Abingdon: Routledge, 2007.

SYME‐TAYLOR, V. Innovative teaching methods in military pedagogy. In: ANNEN, H.; WOLFGANG, R. (ed.).

Educational Challenges Regarding Military Action. Frankfurt am Main: Peter Lang, 2010. p. 209-214.

Downloads

Publicado

2021-09-03

Como Citar

Santos, T. P. dos, & Duarte, Érico E. (2021). Instituições militares também aprendem? uma revisão bibliográfica sobre abordagens organizacionais na gestão de defesa. BIB - Revista Brasileira De Informação Bibliográfica Em Ciências Sociais, (96). Recuperado de https://bibanpocs.emnuvens.com.br/revista/article/view/148

Edição

Seção

Balanços Bibliográficos