Das áreas culturais às redes de relações

os sistemas regionais ameríndios em análise

Autores

Palavras-chave:

Sistemas regionais, Relações, Ameríndios, Alto Rio Negro, Alto Rio Madeira

Resumo

Este artigo retoma e rediscute conceitos distintos, que, ao longo da história da etnologia indígena nas terras baixas sul--americanas, foram mobilizados em reflexões sobre contatos e relações entre os “povos” nativos desta região, buscando destacar alguns caminhos analíticos que se desdobraram a partir da crítica à caracterização daqueles como unidades autônomas, circunscritas e fechadas para relações com o exterior. Por meio da análise de produção etnológica sobre dois sistemas regionais ameríndios — um deles classicamente reconhecido (o Alto Rio Negro) e outro emergente (o Alto Rio Madeira, ou Grande Rondônia) —, as investigações que focalizam as dinâmicas de abertura e intercâmbios generalizados entre “unidades sociais” perpassam diferentes áreas etnográficas ou culturais e conectam virtualmente todo o tecido social sul-americano.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ACUÑA, C. Novo descobrimento do grande rio das Amazonas. Rio de Janeiro Agir, 1994.

AGOSTINHO, P. Kwarip, mito e ritual no Alto Xingu. São Paulo: EPU, 1974.

ALBERT, B. Temps du sang, temps des cendres: représentation de la maladie, système rituel et espace politique chez les Yanomami du Sud-Est (Amazonie brésilienne). Thèse (Doctorat) — Université de Paris X, Paris, 1985.

ALEXIADES, M. (ed.). Mobility and migration in Indigenous Amazonia: contemporary ethnoecological perspectives. New York: Berghahn Books, 2009.

ALMEIDA, F. O.; KATER, T. As cachoeiras como bolsões de histórias dos grupos indígenas das terras baixas sulamericanas. Revista Brasileira de História, v. 37, n. 75, p. 39-67, maio/ago. 2017. https://doi.org/10.1590/1806-93472017v37n75-02a

ALMEIDA SILVA, A. Territorialidades, identidades e marcadores territoriais: Kawahib da Terra Indígena Uru-Eu- Wau-Wau em Rondônia. Jundiaí: Paco Editorial, 2015a.

ALMEIDA SILVA, A. Entre a floresta e o concreto: os impactos socioculturais no povo indígena Jupaú em Rondônia.

Jundiaí: Paco Editorial, 2015b.

ALMEIDA SILVA, A. (org.). Representações e marcadores territoriais dos povos indígenas do corredor etnoambiental Tupi Mondé. Jundiaí: Paco Editorial, 2019.

AMOROSO, M. Corsários no caminho fluvial: os Mura do rio Madeira. In: CUNHA, M. C. C. (org.). História dos índios no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1992. p. 297-310.

AMOROSO, M. Território do medo. Notas sobre a utilização da crônica setecentista como fonte da etnografia Mura. In: NIEMEYER, M. A.; GODOY, E. P. (orgs.). Além dos territórios. Para um diálogo entre a tecnologia indígena, os estudos rurais e os estudos urbanos. Campinas: Mercado de Letras, 1998. p. 251-269.

AMOROSO, M.; FARAGE, N. (orgs.). Relatos da fronteira amazônica no século XVIII: Alexandre Rodrigues

Ferreira e Henrique João Wilckens. São Paulo: Núcleo de História Indígena e do Indigenismo/Universidade de São Paulo, 1994.

ANDRADE, R.; FERNANDES, E. Etnicidade e identidade em contexto urbano: os Cassupá de Porto Velho (RO). Revista Mosaico, v. 11, p. 101-106, 2018. http://dx.doi.org/10.18224/mos.v11i1.6111

ANDRELLO, G. Cidade do índio: transformações e cotidiano em Iauaretê. São Paulo: Editora Unesp: Instituto Socioambiental; Rio de Janeiro: NuTI, 2006.

ANDRELLO, G. Escravos, descidos e civilizados: índios e brancos na história do rio Negro. Revista Estudos Amazônicos, v. 5, n. 1, p. 107 144, 2010.

ANDRELLO, G. (org.). Rotas de criação e transformação: narrativas de origem dos povos indígenas do rio Negro.

São Paulo: Instituto Socioambiental; São Gabriel da Cachoeira: Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro, 2012.

ANDRELLO, G. Cultura ou parentesco? Reflexões sobre a história recente do Alto Rio Negro. R@U − Revista de Antropologia da UFSCar, v. 6, n. 1, p. 175-189, 2015.

ANDRELLO, G. Nomes, posições e (contra) hierarquia: coletivos em transformação no Alto Rio Negro. Ilha − Revista de Antropologia, v. 18, n. 2, p. 57-97, 2016. https://doi.org/10.5007/2175-8034.2016v18n2p57

ANDRELLO, G. “Aún mi cuerpo aloja una lanza de los peces”: troca e predação no noroeste amazônico. Anuário Antropológico, v. 42, n. 1, p. 229-248, 2017. https://doi.org/10.26512/anuarioantropologico.v42i1.2017/6322

ANDRELLO, G.; GUERREIRO JR., A.; HUGH-JONES, S. Space-time transformations in the Upper Xingu and

Upper Rio Negro. Sociologia & Antropologia, v. 5, n. 3, p. 699-724, 2015. https://doi.org/10.1590/2238-38752015v533

ANGENOT-DE LIMA, G.; ANGENOT, J.-P. O sistema prosódico Panchapakura de demarcação lexical (com uma bibliografia das línguas Chapakura). In: VAN DER VOORT, H.; VAN DER KERKE, S. (eds.). Indigenous languages of lowland South America − Indigenous Languages of Latin America. Leiden: Research School of Asian, African and Amerindian Studies, 2000. v. 1, p. 149-164.

ARAÚJO, Í. Osikirip: os “especiais” Karitiana e a noção de pessoa ameríndia. Tese (Doutorado) — Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015.

ARAÚJO, J. O fenômeno da liderança Tupi Kagwahiva: trajetórias sociais, resistências e movimento indígena no sul do Amazonas. Tese (Doutorado) — Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Araraquara, 2019.

ÅRHEM, K. Makuna social organization. Stockholm: Almqvist & Wiksell, 1981.

ÅRHEM, K. The cosmic food web: human-nature relatedness in the Northwest Amazon. In: DESCOLA, P.;

PÁLSSON, G. (eds.). Nature and society: anthropological perspectives. London: Routledge, 1996. p. 185-204.

ARRUDA, R. Os Rikbaktsa: mudança e tradição. Embu das Artes: Alexa Cultural; Manaus: Edua, 2019.

ARVELO-JIMÉNEZ, N. The political struggle of the Guayana region’s indigenous peoples. Journal of International Affairs, v. 36, n. 1, p. 43-54, 1982.

ARVELO-JIMÉNEZ, N.; MORALES MÉNDEZ, F.; CASTILLO, H. Repensando la historia del Orinoco. Revista de Antropología, v. 5, n. 1-2, p. 155-174, 1989.

ATHIAS, R. Hupdë-Maku et Tukano: relations inégales entre deux sociétés du Uaupés, amazonien (Brésil). Thèse (Doctorat) — Université de Paris X, Paris, 1995.

BALÉE, W. (ed.). Advances in historical ecology. New York: Columbia University Press, 1998.

BARTH, F. (ed.). Ethnic groups and boundaries. Boston: Little, Brown & Company, 1969.

BASSO, E. B. (ed.). Carib-speaking Indians: culture, society and language. Tucson: The University of Arizona Press, 1977.

BASTOS, R. J. M. Indagação sobre os Kamayurá, o Alto-Xingu e outros nomes e coisas: uma etnologia da sociedade Xinguara. Anuário Antropológico, n. 94, p. 227-269, 1995.

BECKER-DONNER, E. Notizen über einige Stämme an den rechten Zuflüssen des Rio Guaporé. Archiv für Völkerkunde, v. X, p. 275-343, 1955.

BECKER-DONNER, E. Archäologische Funde am mittleren Guaporé (Brasilien). Archiv für Völkerkunde, v. XI, p. 202-249, 1956.

BENTO, R. C. A flecha mata porque tem vida: um estudo etnográfico sobre os artefatos de caça dos Gavião Ikólóéhj. Dissertação (Mestrado) — Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2013.

BERNAL, R. J. Índios urbanos: processo de reconformação das identidades étnicas indígenas em Manaus. Manaus: Edua, 2009.

BIDOU, P. Les Fils de l’Anaconda céleste (les Tatuyo): étude de la structure socio-politique. Thèse (Doctorat) — Université de Paris, Paris, 1976.

BIDOU, P. Representations de l’Espace dans Mytologie Tatuyo (Indiens Tucano). Journal de la Société des Americaniste, n. 61, p. 92-105, 1972.

BODLEY, J. H. Deferred exchange among the Campa: a reconsideration. In: FRANCIS, P. D.; KENSE, F. J.; DUKE,

P. J. (eds.). Networks of the past: regional interaction in archaeology. Proceedings of the Twelfth Annual Conference, the Archaeological Association of the University of Calgary. Calgary: Archaeology Association of the University of Calgary, 1981. p. 49-60.

BRAGA, A.; CABRAL, A. S. A. C.; RODRIGUES, A. D.; MINDLIN, B. Línguas entrelaçadas: uma situação sui generis de línguas em contato. Papia, v. 21, n. 2, p. 221-230, 2011.

BRUNELLI, G. Bebe! Bebe!... Jikkoi! Les Zorós vont à la chasse. Recherches Amérindiennes au Québec, v. 15, n. 3, p. 45-57, 1985.

BRUNELLI, G. Migrations, guerres et identités: faits ethno-historiques zoró. Anthropologie et Sociétés, v. 11, n. 3, p. 149-172, 1987. https://doi.org/10.7202/006443ar

BRUNELLI, G. Maîtres de l’invisible. Notes et réflexions sur le chamanisme tupi-mondé. Recherches Amérindiennes au Québec, v. 18, n. 1-2: 127-143, 1988.

BRUNELLI, G. De los espiritus a los micróbios. Salud y cambio social entre los Zoró de la Amazonía brasileña. Quito: Abya-Yala; Roma: MLAL, 1989.

BRUNELLI, G. Crossing worlds in quest for answers: Zoró indians explain illness. In: POSEY, D. A.; OVERAL, W. L. (eds.). Ethnobiology: implications and applications. 2 v. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi, 1990. p. 141-146.

BRÜZZI, A. A civilização indígena do Uaupés: observações antropológicas, etnográficas e sociológicas. São Paulo: Centro de Pesquisas de Iauaretés; Amazonas: Missão Salesiana do Rio Negro, 1962.

CABALZAR, A. Filhos da cobra de pedra: organização social e trajetórias Tuyuka no rio Tiquié (Nororeste Amazônico). São Paulo: Editora Unesp: Instituto Socioambiental; Rio de Janeiro: NuTI, 2008.

CABRAL, A. S. A. C. New observations on the structure of Kokáma/Omágwa. In: WETZELS, L. (ed.). Language endangerment and endangered languages. Leiden: CNWS Publications, 2007. p. 365-379.

CALAVIA SÁEZ, O. O inca pano: mito, história e modelos etnológicos. Mana, v. 6, n. 2, p. 7-35, 2000. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-93132000000200001

CAMPBELL, L. American Indian languages: the historical linguistics of Native America. Oxford: Oxford University Press, 1997.

CAMPOS, A. P. Breve noticia que dá o capitão Antonio Pires de Campos do gentio barbaro que ha na derrota da viagem das minas de Cuyabá e seu reconcavo. Revista Trimestral do Instituto Historico, Geographico e Ethnographico do Brasil, tomo XXV, 3. trim., p. 437-449, 1862 [1720].

CANOVA, L. Os Paresi na conquista portuguesa de Mato Grosso (1719-1757). Cuiabá: EdUFMT, 2019.

CARDOZO, I. (org.). Diagnóstico etnoambiental participativo. Etnozoneamento e plano de gestão em terras indígenas: Terra Indígena Roosevelt. Porto Velho: Ecam: Kanindé, 2016.

CARDOZO, I.; VALE JR., I. C. (orgs.). Diagnóstico etnoambiental participativo. Etnozoneamento e plano de gestão em terras indígenas: Terra Indígena Igarapé Lourdes. Porto Velho: Edufro: Kanindé, 2012.

CARNEIRO DA CUNHA, M. (org.). História dos índios no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

CARNEIRO DA CUNHA, M.; VIVEIROS DE CASTRO, E. Vingança e temporalidade: os Tupinambás. Anuário Antropológico, v. 10, n. 1, p. 57-78, 1985.

CARTAGENES, R.; LOBATO, J. C. À espera do desastre. In: RICARDO, C. A. Povos indígenas no Brasil, 1987/88/89/90. São Paulo: Centro Ecumênico de Documentação e Informação, 1991. p. 445-446.

CARVAJAL, G. Descubrimiento del río de las Amazonas por el capitán Francisco de Orellana. Madri: Babelia. DOC, 2011.

CARVALHO JR., A. D. Índios cristãos: poder, magia e religião na Amazônia colonial. Curitiba: Editora CRV, 2017.

CASPAR, F. Tupari: Unter Indios im Urwald Brasiliens. Deutschland: Friedrich Vieweg & Sohn Braunschweig, 1952.

CASPAR, F. Tupari: entre os índios, nas florestas brasileiras. São Paulo: Melhoramentos, 1953.

CASPAR, F. A expedição de P. H. Fawcett a tribo dos Maxubi em 1914. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE AMERICANISTAS, 21., 1955, São Paulo. Anais [...]. São Paulo: Editora Anhembi, 1955. v. 1, p. 113-120.

CASPAR, F. Die Tuparí Indianerstamm in Westbrasilien. Berlin: Walter de Gruyter, 1975.

CASTRO, A. C. M. O. Koro’op: e-moções, sociabilidade, paisagem e temporalidade entre os Karitiana. Tese (Doutorado) — Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2018.

CATHEU, G. Puruborá: mais um povo ressurgido em Rondônia. Porantim, v. 23, n. 241, p. 7, 2001.

CAVALCANTE, W. Os Arikêmes e o SPI: o desafio da reelaboração cultural indígena sob poder tutelar do Estado brasileiro. Dissertação (Mestrado) — Universidade Federal de Rondônia, Porto Velho, 2015.

CELESTINO DE ALMEIDA, M. R. Os índios na história do Brasil. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2010.

CHACON, T.; CAYÓN, L. Considerações sobre a exogamia linguística no Noroeste Amazônico. Revista de Letras, v. 6, n. 1/2, p. 6-20, 2013.

CHARLES, C.; SILVA, J. C. Viver Kaxarari! Uma abertura para o outro. In: XIMENES, C.; PICANÇO, F.;

CARVALHO, R.; SILVA, R. (orgs.). Educação e modo de vida das populações indígenas amazônicas.

Curitiba: Editora CRV, 2019. p. 109-119.

CHAUMEIL, J.-P. Échange d’énergie: guerre, identité et reproduction sociale chez les Yagua de l’Amazonie péruvienne. Journal de la Société des Américanistes, n. 71, p. 143-157, 1985. https://doi.org/10.3406/jsa.1985.2259

CHAUMEIL, J.-P. Les os, les flûtes, les morts. Mémoire et traitement funéraire en Amazonie. Journal de la Société des Américanistes, n. 83, p. 83-110, 1997. https://doi.org/10.3406/jsa.1997.1672

CHERNELA, J. Hierarchy and economy among the Uanano (Kotiria): speaking people of the middle Uaupés basin. Tesis (Doctorado) — Columbia University, New York, 1983.

CHRIST, C. L. Mutirão de solidariedade: retomada da Terra Indígena Arara. Campinas: Curt Nimuendajú, 2009.

CLASTRES, P. A sociedade contra o Estado. Rio de Janeiro: Fracisco Alves, 1974.

COELHO, V. P. (org.). Karl von den Steinen: um século de antropologia no Xingu. São Paulo: Edusp, 1993.

COELHO DE SOUZA, M. O traço e o círculo: o conceito de parentesco entre os Jê seus antropólogos. Tese (Doutorado) — Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2002.

CONKLIN, B. A. Consuming grief: compassionate cannibalism in an Amazonian society. Austin: University of Texas Press, 2001.

CONKLIN, B. A.; GRAHAM, L. The shifting middle ground: Amazonian Indians and eco-politics. American

Anthropologists, v. 97, n. 4, p. 695-710, 1995. https://doi.org/10.1525/aa.1995.97.4.02a00120

CONSELHO INDIGENISTA MISSIONÁRIO (CIMI). Panewa especial. Porto Velho: Conselho Indigenista Missionário, Regional Rondônia, 2002.

CONSELHO INDIGENISTA MISSIONÁRIO (CIMI). Panewa especial. Porto Velho: Conselho Indigenista Missionário, Regional Rondônia, 2015.

CÓRDOBA, L.; VALENZUELA, P.; VILLAR, D. Pano meridional. In: CREVELS, M.; MUYSKEN, P. (eds.). Lenguas de Bolivia. Tomo II: Amazonia. La Paz: Plural Editores, 2012. p. 27-69, 2012.

CÓRDOBA, L.; VILLAR, D. Etnonimia y relaciones interétnicas entre los panos meridionales (siglos XVIII–XX). Revista Andina, n. 49, p. 211-244, 2009.

CÓRDOBA, L.; VILLAR, D. As estruturas de nominação étnica na história dos panos meridionais. In: LIMA, E.

C.; CÓRDOBA, L. (orgs.). Os outros dos outros: relações de alteridade na etnologia sul-americana. Curitiba: Editora UFPR, 2011. p. 109-118.

CÓRDOBA, L. Barbarie en plural: percepciones del indígena en el auge cauchero boliviano. Journal de la Société des Américanistes, v. 101, n. 1-2, p. 173-202, 2015. https://doi.org/10.4000/jsa.14384

CORNWALL, R. Os Jumas: a continuação da violenta redução dos Tupi. Madalena: R. Cornwall, 2003.

COSTA, A. Entre artefatos e narrativas: a história indígena do Alto Rio Madeira a partir dos relatos dos viajantes do século XVIII. Monografia (Conclusão de Curso) ⸺ Universidade Federal de Rondônia, Porto Velho, 2013.

COSTA, A. M. R. F. M. Senhores da memória: uma história Nambiquara do cerrado. Cuiabá: Unicen, 2002.

COSTA, J. E. F. M. A coroa do mundo: religião, território e territorialidade Chiquitano. Cuiabá: Editora UFMT, 2006.

COSTA, L. The owners of kinship: asymmetrical relations in Indigenous Amazonia. Chicago: HAU Books, 2017.

COSTA, M. F. G. História de um país inexistente: o Pantanal entre os séculos XVI e XVIII. São Paulo: Estação Liberdade, 1999.

COSTA, R. R. Cultura e contato: um estudo da sociedade Paresi no contexto das relações interétnicas. Dissertação (Mestrado) — Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1985.

COUDREAU, H. La france équinoxiale. Tomo II: Voyages à travers les Guyanes et l’Amazonie. Paris: Challamel Ainé, 1886.

CREVELS, M.; VAN DER VOORT, H. The Guaporé-Mamoré region as a linguistic area. In: MUYSKEN, P. (ed.). From linguistic areas to areal linguistics. Amsterdam: John Benjamins Publishing Company, 2008. p. 151-179.

CRUZ, D. G. Lar, doce lar? Arqueologia Tupi na bacia do Ji-Paraná (RO). Dissertação (Mestrado) — Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008.

CYPRIANO, D. C. C. A. Almas, corpos e especiarias: a expansão colonial nos rios Tapajós e Madeira. Pesquisas – Antropologia, n. 65, p. 5-170, 2007.

DAL POZ, J. No país dos Cinta Larga: uma etnologia do ritual. Dissertação (Mestrado) — Universidade de São Paulo, São Paulo, 1991.

DAL POZ, J. A etnia e a terra: notas para uma etnologia dos índios Arara (Aripuanã-MT). Cuiabá: EdUFMT, 1995. (Série Antropologia, 4).

DAL POZ, J. Os ritos da identidade: um estudo das relações étnicas nos Cinta Larga. In: BARROS, E. P. (org.). Modelos e processos: ensaios de etnologia indígena. Cuiabá: EdUFMT, 1998. p. 149-226.

DAL POZ, J. Dádivas e dívidas entre os Cinta-Larga. Tese (Doutorado) — Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2004.

DEBOER, W. The machete and the cross: Conibo trade in the late seventeenth century. In: FRANCIS, P. D.;

KENSE, F. J.; DUKE, P. J. (eds.). Networks of the past: Regional interaction in archaeology. Proceedings of the Twelfth Annual Conference, the Archaeological Association of the University of Calgary. Calgary: Archaeology Association of the University of Calgary, 1981. p. 31-48.

DEMARCHI, A.; MORAIS, O. Redes de relações indígenas no Brasil Central: um programa de pesquisa. Espaço Ameríndio, v. 10, n. 2, p. 96-117, 2016. https://doi.org/10.22456/1982-6524.64124

DENEVAN, W. The aboriginal cultural geography of the Llanos de Mojos of Bolivia. Berkeley: University of California Press, 1966.

DESCOLA, P. In the society of nature: a native ecology in Amazonia. Cambridge: Cambridge University Press, 1994.

DESCOLA, P.; TAYLOR, A.-C. Introduction. L’Homme, t. 33, n. 126-128, p. 13-24, 1993. [La remontée de l’Amazone].

DIETRICH, W. As línguas tupi-guarani bolivianas e as de Rondônia: novas hipóteses sobre as origens. In: CABRAL,

A. S. A. C.; ISIDORO, E. A.; LOPES, J. D. (orgs.). Línguas e culturas tupí. Brasília, DF: Laboratório de Línguas e Literatura Indígenas; Universidade de Brasília, 2016. v. 4, p. 43-68.

DREYFUS, S. Os empreendimentos coloniais e os espaços políticos indígenas no interior da Guiana Ocidental (entre Orinoco e Corentino) de 1613 a 1796. In: VIVEIROS DE CASTRO, E.; CUNHA, M. C. (orgs.). Amazônia: etnologia e história indígena. São Paulo: Universidade de São Paulo, 1993. p. 19-42.

EPPS, P.; STENZEL, K. (eds.). Upper Rio Negro: cultural and linguistic interaction in Northwestern Amazonia. Rio de Janeiro: Museu Nacional, 2013.

ERIKSEN, L. Nature and culture in prehistoric Amazonia: using GIS to reconstruct ancient ethnogenetic processes from archaeology, linguistics, geography, and ethnohistory. Thesis (Doctorate) — Lund University, Lund, 2011.

ERIKSON, P. Uma singular pluralidade: a etno-história Pano. In: CUNHA, M. C. (org.). História dos índios no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1992. p. 239-252.

ERIKSON, P. Une nébuleuse compacte: le macro-ensemble pano. L’Homme, t. 33, 126-128, p. 45-58, 1993. [La remontée de l’Amazone]. https://doi.org/10.3406/hom.1993.369628

FARAGE, N. As muralhas dos sertões: os povos indígenas no Rio Branco e a colonização. Rio de Janeiro: Paz & Terra, 1991.

FARAGE, N.; SANTILLI, P. Estado de sítio: territórios e identidades no Vale do Rio Branco. In: CUNHA, M. C. (org.). História dos índios no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1992. p. 267-278.

FAULHABER, P. O navio encantado: etnia e alianças em Tefé. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi, 1987a.

FAULHABER, P. (org.). Entrosando: questões indígenas em Tefé. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi, 1987b.

FAULHABER, P. O lago dos espelhos: etnografia do saber sobre a fronteira em Tefé/Amazonas. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi, 1998.

FAULHABER, P. The production of the Handbook of South American Indians Vol 3 (1936-1948). Vibrant: Virtual Brazilian Anthropology, v. 9, n. 1, p. 82-111, 2012. https://doi.org/10.1590/S1809-43412012000100003

FAUSTO, C. Fragmentos de história e cultura tupinambá: da etnologia como instrumento crítico de conhecimento etno-histórico. In: CUNHA, M. C. (org.). História dos índios no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, p. 381-396, 1992.

FAUSTO, C. Os índios antes do Brasil. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2000.

FAUSTO, C. Inimigos fiéis: história, guerra e xamanismo na Amazônia. São Paulo: Edusp, 2001.

FELZKE, L. Dança e imortalidade: igreja, festa e xamanismo entre os Ikólóéhj Gavião de Rondônia. Tese (Doutorado)— Universidade de Brasília, Brasília, 2017.

FELZKE, L. Os Ikólóéhj Gavião: a terra e os outros. São Leopoldo: Oikos, 2018.

FERREIRA, A. R. Viagem filosófica ao Rio Negro. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi, 1983.

FERREIRA, T. A. S. Política e “cultura” no Alto Rio Negro: o caso de Iauaretê. Dissertação (Mestrado) — Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2014.

FERREIRA DE MELO, L.; VEGINI, V. Notas sobre os Aruá de Rondônia. Revista Língua Viva, v. 3, n. 1, p. 1-14, 2013.

FIORINI, M. O. The silencing of the names: identity and alterity in an Amazonian Society. Dissertation (Anthropology) — New York University, New York, 2000. FRANÇA, L. B. C. Caminhos cruzados: parentesco, diferença e movimento entre os Kagwahiva. Tese (Doutorado) — Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro,

FRANCHETTO, B.; HECKENBERGER, M. J. (orgs.). Os povos do Alto Xingu: história e cultura. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2001.

GABAS JR., N. (com narradores Arara, orgs.). Mây yamât Kanã xet pég xawero ma’i kanãy ‘mãm — história dos Arara no tempo do contato com os brancos. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi, 2002.

GABAS JR., N. (com Sebastião Kara’yã Péw Arara, orgs.). Mitos Arara. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi, 2009.

GALLOIS, D. (org.). Redes de relações nas Guianas. São Paulo: Humanitas, 2005.

GALÚCIO, A. V. (org.). Narrativas tradicionais Sakurabiat Mayãp Ebõ. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi, 2006.

GALÚCIO, A. V. Puruborá: notas etnográficas e linguísticas recentes. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, v. 1, n. 2, p. 159-192, maio/ago. 2005. Série Ciências Humanas.

GALÚCIO, A. V.; GABAS JR., N. Evidências de agrupamento genético Karo-Puruborá, tronco Tupi. In: XVII ENCONTRO NACIONAL DA ANPOLL, 17., 2002, Gramado. Boletim informativo n. 31. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2002.

GALÚCIO, A. V.; PURUBORÁ, J. E.; APORETE FILHO, P. Vocabulário ilustrado: animais na língua Puruborá. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi, 2013.

GALVÃO, E. Áreas culturais indígenas do Brasil: 1900–1959. In: GALVÃO, E. Encontro de sociedades: índios e brancos no Brasil. Rio de Janeiro: Paz & Terra, 1979. p. 193-228.

GILLIN, J. Tribes of the Guianas. In: STEWARD, J. H. (ed.). Handbook of South American Indians — volume 3: The tropical forest tribes. Washington: Smithsonian Institution Press, 1948. p. 799-860.

GOLDMAN, I. Tribes of the Uaupés-Caquetá Region. In: STEWARD, J. H. (ed.). Handbook of South American Indians — volume 3: The tropical forest tribes. Washington: Smithsonian Institution Press, 1948. p. 763-798.

GOLDMAN, I. The Cubeo: indians of the Northwest Amazon. Urbana: University of Illinois Press, 1963.

GOLDMAN, I. Cubeo Hehénewa religious thought: metaphysics of a northwestern Amazonian People. New York: Columbia University Press, 2004.

GONÇALVES, M. A. (org.). Acre: história e etnologia. Rio de Janeiro: Editora UFRJ 1991.

GONÇALVES, M. A. O significado do nome: cosmologia e nominação entre os Pirahã. Rio de Janeiro: 7 Letras, 1993.

GONÇALVES, M. A. O mundo inacabado: ação e criação em uma cosmologia amazônica. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2001.

GONDIM, J. A Pacificação dos Parintintins: Koró de iuirap. Manaus: Commissão de Linhas Telegraphicas Estrategicas de Matto Grosso ao Amazonas, 1925.

GOULART, L. T. Os Yanomami e o Projeto Yaripo: transformações e turismo em Maturacá. Dissertação (Mestrado) — Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2020.

GOW, P. Of mixed blood: kinship and history in Peruvian Amazonia. Oxfor: Clarendon Press, 1991.

GOW, P. Gringos and wild Indians: images of history in western Amazonian cultures. L’Homme, t. 33, 126-128, p. 327-347, 1993. [La remontée de l’Amazone]. https://doi.org/10.3406/hom.1993.369643

GUERREIRO JR., A. Aliança, chefia e regionalismo no Alto Xingu. Journal de la Société des Américanistes, n. 97- 2, p. 99-133, 2011. https://doi.org/10.4000/jsa.11902

GUERREIRO JR., A. Ancestrais e suas sombras: uma etnografia da chefia Kalapalo e seu ritual mortuário. Campinas:

Editora Unicamp, 2015.

GUERREIRO JR., A. Do que é feita uma sociedade regional? Lugares, donos e nomes no Alto Xingu. Ilha – Revista de Antropologia, v. 18, n. 2, p. 23-55, 2016. https://doi.org/10.5007/2175-8034.2016v18n2p23

HALBMAYER, E. Contemporary Carib-Speaking Amerindians: a bibliography of social anthropological and linguistic resources. Marburg: Curupira Workshop, 2013.

HARRIS, M. The making of regional systems: the Tapajós/Madeira and Trombetas/Nhamundá regions in the Lower Brazilian Amazon, seventeenth and eighteenth centuries. Ethnohistory, v. 65, n. 4, p. 621-645, 2018. https://doi.org/10.1215/00141801-6991274

HECKENBERGER, M. J. Rethinking the Arawakan diaspora: hierarchy, regionality, and the Amazonian Formative.

In: HILL, J.; SANTOS-GRANERO, F. (eds.). Comparative Arawakan histories: rethinking language family and culture area in Amazonia. Urbana: University of Illinois Press, 2002. p. 99-122.

HECKENBERGER, M. J. The ecology of power: culture, place, and personhood in the Southern Amazon AD1000–2000.New York: Routledge, 2005.

HECKENBERGER, M. J.; NEVES, E. G. Amazonian Archaeology. Annual Review of Anthropology, v. 38, p. 251- 266, 2009. https://doi.org/10.1146/annurev-anthro-091908-164310

HECKENBERGER, M. J.; NEVES, E. G.; PETERSON, J. B. De onde surgem os modelos? As origens e expansões

Tupi na Amazônia Central. Revista de Antropologia, 41, p. 69-96, 1998. https://doi.org/10.1590/S0034-77011998000100003

HEINEN, H. D.; GARCÍA-CASTRO, A. The multiethnic network of the Lower Orinoco in early colonial times. Ethnohistory, v. 47, n. 3-4, p. 561-579, 2000. https://doi.org/10.1215/00141801-47-3-4-561

HEMMING, J. Red Gold: the conquest of the Brazilian Indians. Cambridge: Harvard University Press, 1978.

HENLEY, P. Recent themes in the Anthropology of Amazonia: history, exchange, alterity. Bulletin of Latin American Research, v. 15, n. 2, p. 231-245, 1996. https://doi.org/10.1111/j.1470-9856.1996.tb00032.x

HERNÁNDEZ DE ALBA, G. Sub-Andean tribes of the Cauca Valley. In: STEWARD, J. H. (ed.). Handbook of South American Indians – volume 4: The Circum-Caribbean tribes. Washington: Smithsonian Institution Press, 1948. p. 297-328.

HERRERO, M.; FERNANDES, U. Baré: povo do rio. São Paulo: Edições Sesc, 2015.

HILL, J. Wakuenai Society: a processual-structural analysis of indigenous cultural life in the Upper Rio Negro region of Venezuela. Thesis (Doctorate) — University of Indiana, Bloomington, 1983.

HILL, J. (ed.). History, power, and identity: ethnogenesis in the Americas, 1492–1992. Iowa City: University of Iowa Press, 1996.

HILL, J. Musicalizando o outro: ironia ritual e resistência étnica Wakuénai (Venezuela). In: ALBERT, B.; RAMOS, A. R. (orgs.). Pacificando o branco: cosmologias do contato no norte-amazônico. São Paulo: Imprensa Oficial: Editora Unesp, 2002. p. 347-374.

HILL, J. Sacred landscapes as environmental histories in Lowland South America. In: HORNBORG, A.; HILL,

J. (eds.). Ethnicity in Ancient Amazonia: reconstructing past identities from archaeology, linguistics, and ethnohistory. Boulder: University of Colorado Press, 2011. p. 259-277.

HILL, J.; SANTOS-GRANERO, F. (eds.). Comparative Arawakan histories: rethinking language family and culture area in Amazonia. Urbana: University of Illinois Press, 2002.

HORNBORG, A. Ethnogenesis, regional integration, and ecology in prehistoric Amazonia. Current Anthropology, v. 46, n. 4, p. 589-620, 2005. https://doi.org/10.1086/431530

HORNBORG, A.; HILL, J. (eds.). Ethnicity in Ancient Amazonia: reconstructing past identities from archaeology, linguistics, and ethnohistory. Boulder: University of Colorado Press, 2011.

HOWARD, C. Pawana: a farsa dos “visitantes” entre os Waiwai da Amazônia setentrional. In: VIVEIROS DE

CASTRO, E.; CUNHA, M. C. (orgs.). Amazônia: etnologia e história indígena. São Paulo: Núcleo de História Indígena e do Indigenismo/ Universidade de São Paulo, 1993. p. 229-264.

HOWARD, C. Wrought identities: the Waiwai expeditions in search of the “unseen tribes” of Northern Amazonia. Thesis (Doctorate) — University of Chicago, Chicago, 2001.

HUGH-JONES, C. From the Milk River. Cambridge: Cambridge University Press, 1979.

HUGH-JONES, S. The palm and the pleiades: initiation and cosmology in Northwest Amazonia. London: Cambridge University Press, 1979.

Downloads

Publicado

2021-01-05

Como Citar

Velden, F. V., & Lolli, P. (2021). Das áreas culturais às redes de relações: os sistemas regionais ameríndios em análise. BIB - Revista Brasileira De Informação Bibliográfica Em Ciências Sociais, (94). Recuperado de https://bibanpocs.emnuvens.com.br/revista/article/view/521

Edição

Seção

Balanços Bibliográficos