Uma etnologia no Nordeste brasileiro

balanço parcial sobre territorialidades e identificações

Autores

  • Maria Rosário de Carvalho Universidade Federal da Bahia
  • Edwin B. Reesink Universidade Federal de Pernambuco

Palavras-chave:

Etnologia Sul-americana, Nordeste, Território, Identidade, Cultura Diacrítica

Resumo

Neste balanço parcial, discutimos o estado da arte da etnologia das terras baixas da América do Sul no Nordeste Brasileiro, no que concerne aos conceitos de territorialidade e identidade. Após proceder à revisão do conceito de etnicidade nos anos 1970 e sua recepção no Brasil, elaboramos uma síntese de alguns artigos pioneiros, dos anos 1980 e 1990, mas de relevância ainda atual, para dispormos de uma visão da produção do século passado. Para tratar dos últimos vinte anos, foi inevitável a escolha de algumas áreas e temas, devido à volumosa produção antropológica que não mais permite mencionar todos os autores e resenhar todos os tópicos. Por fim, baseados na questão do grau de distintividade sociocultural no Nordeste e do significado transcultural do ritual Toré, lançamos uma proposta provisória para caracterizar a unidade da etnologia produzida nesse contexto etnográfico.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Maria Rosário de Carvalho, Universidade Federal da Bahia

Doutora em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo e professora titular da Universidade Federal da Bahia.

Edwin B. Reesink, Universidade Federal de Pernambuco

Doutor em Antropologia Social pelo Museu Nacional/UFRJ e professor titular da Universidade Federal de Pernambuco.

Referências

ALARCÓN, D. O retorno da terra: as retomadas na aldeia Tupinambá da Serra do Padeiro, sul da Bahia. 2013. 272 f. Dissertação (Mestrado em Estudos Comparados sobre a América) – Universidade de Brasília, Brasília, 2013a.

______. A forma retomada: contribuições para o estudo das retomadas de terras, a partir do caso Tupinambá da Serra do Padeiro. Ruris: Revista do Centro de Estudos Rurais, Campinas, v. 7, n. 1, p. 99-126, 2013b.

ALBUQUERQUE, M. A. S. O regime imagético Pankararu (tradução intercultural na cidade de São Paulo). 2011. 422 f. Tese (Doutorado em Antropologia Social) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2011.

ALMEIDA, L. S.; LIMA, J. C.; OLIVEIRA, J. S. (Orgs.). Terra em Alagoas: temas e problemas. Maceió: Edufal, 2013.

AMORIM, P. Acamponesamento e proletarização das populações indígenas do Nordeste brasileiro. Boletim do Museu do Índio: Antropologia, Rio de Janeiro, n. 2, p. 1975.

AMORIM, S. S. Os Kalankó, Karuazu, Koiupanká e Katokinn: resistência e ressurgência indígena no Alto Sertão alagoano. 2010. 431 f. Tese (Doutorado em Antropologia Social) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2010.

ANDRADE, U. M. Dos estigmas aos emblemas de identidade: os percursos da formação de um povo. Revista de Estudos e Pesquisas, Brasília, v. 1, n. 1, p. 99-139, jul. 2004.

ARRUTI, J. M. O reencantamento do mundo: trama histórica e arranjos territoriais Pankararu. 1996. 219 f. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1996.

AZEVEDO, T. Aculturação dirigida: Notas sôbre a catequêse indígena no período colonial brasileiro. In: REUNIÃO BRASILEIRA DE ANTROPOLOGIA, 3., 1958, Recife. Anais… Recife: Associação Brasileira de Antropologia, 1959. p. 77-100.

BANDEIRA, M. L. Os Kariri de Mirandela: um grupo indígena integrado. Salvador: Secretaria de Educação e Cultura do Estado da Bahia, 1972. v. 6. (Série Estudos Baianos).

BARROS JÚNIOR, F. D. Etnodesenvolvimento em prática: a equipe Jupago e a promoção de desenvolvimento aos Xukuru do Ororubá. 2010. Dissertação (Mestrado em Antropologia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2010.

BARTH, F. Introduction. In: ______. (Org.). Ethnic groups and boundaries: the social organization of cultural difference. London: George Allen & Unwin, 1969.

______. The analysis of culture in complex societies. Ethnos, Abingdon, v. 54, n. 3-4, p. 120-142, 1989.

BATISTA, M. R. Os Truká e o impacto da obra de transposição do rio São Francisco. In: REUNIÃO BRASILEIRA DE ANTROPOLOGIA, 26., 2008, Porto Seguro. Anais… Recife: Associação Brasileira de Antropologia, 2008.

BRASILEIRO, S. A organização política e o processo faccional no povo indígena Kiriri. 1997. 250 f. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Universidade Federal da Bahia, Salvador, 1997.

CAMPOS, C. S. Os Fulni-ô e suas estratégias de sobrevivência e permanência no território indígena. 2006. 137 f. Dissertação (Mestrado em Antropologia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2006.

CARVALHO, M. R. A identidade dos povos do Nordeste. Anuário Antropológico, Fortaleza, n. 82, p. 169-188, 1984.

______. Os povos indígenas no Nordeste: território e identidade étnica. Cultura, Salvador, ano 1, n. 1, p. 50-69, 1988.

______. A etnicização do campo xamanístico em um contexto de expressiva mudança sociocultural. Estudios Latinoamericanos, Varsóvia, n. 25, p. 51-86, 2005.

______. Relatório Circunstanciado de Identificação da TI Pataxó do Monte Pascoal. Salvador: Departamento de Antropologia/Programa de Pós-Graduação em Antropologia da UFBA, Associação Nacional de Ação Indigenista (ANAI), 2008.

______. De índios “misturados” a índios “regimados”. In: CARVALHO, M. R.; REESINK, E. B.; CAVIGNAC, J. (Orgs.). Negros no mundo dos índios: imagens, reflexos, alteridades. Natal: EDUFRN, 2011. p. 82-99.

CARVALHO, M. R. et al. Mapeando parentes: identidade, memória, território e parentesco na terra indígena Caramuru-Paraguassu. Salvador, Edufba, 2012.

CARVALHO, M. R.; CARVALHO, A. M. (Orgs.). Índios e caboclos: a história recontada. Salvador: Edufba, 2012.

CARVALHO, M. R.; REESINK, E. B. Uma etnologia dos índios impuros: a história acadêmica quase oculta e desconhecida do período inicial do Programa de Pesquisas sobre Povos Indígenas no Nordeste Brasileiro (PINEB). In: CAMPOS, R.; PEREIRA, F.; MATOS, S. (Orgs.). Desafios e particularidades da produção antropológica no Norte e no Nordeste do Brasil. Recife, EDUFPE, 2016. o prelo.

CARVALHO, M. R.; REESINK, E. B.; CAVIGNAC, J. (Orgs.). Negros no mundo dos índios: imagens, reflexos, alteridades. Natal: EDUFRN, 2011.

CASTRO, E. V. O mármore e a murta: sobre a inconstância da alma selvagem. Revista de Antropologia, São Paulo, n. 35, p. 21-74, 1992.

______. Etnologia brasileira. In: MICELLI, S. (Org.). O que ler na ciência social brasileira 1970-1995. São Paulo: Sumaré, 1995. p. 109-223.

CLASTRES, H. Terra sem mal: o profetismo tupi-guaraní. São Paulo: Brasiliense, 1978.

COUTO, P. N. A. Morada dos encantados: identidade e religiosidade entre os Tupinambá da Serra do Padeiro, Buerarema (BA). 2008. 169 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) – Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2008.

CUNHA, M. C. Negros, estrangeiros: os escravos libertos e sua volta à África. São Paulo: Brasiliense, 1985.

______. Da cultura residual mas irredutível. In: ______. Antropologia do Brasil: mito, história, etnicidade. São Paulo: Brasiliense, 1986. p. 97-108.

ERIKSEN, T. H. The cultural contexts of ethnic differences. Man, London, v. 26, n. 1, p. 127-144, 1991.

______. Ethnicity and nationalism. London: Pluto Press, 1993.

FIALHO, V.; NEVES, R. C.; FIGUEIROA, M. C. (Orgs.). Plantaram Xicão: os Xukuru do Ororubá e a criminalização do direito ao território. Manaus: UEA Edições, 2011.

FREIRE, R. S. Articulações políticas indígenas no Sul da Bahia. 2016. 186 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2016.

GALLOIS, D. T. Terras ocupadas? Territórios? Territorialidades? In: RICARDO, F. (Org.). Terras indígenas & unidades de conservação da natureza: o desafio das sobreposições. São Paulo: Instituto Socioambiental, 2004. p. 37-41.

GARLET, I. J. Mobilidade Mbyá: história e significação. 1997. Dissertação (Mestrado em História Iberoamericana) – Pontifícia Universidade Católica. Porto Alegre, 1997.

GOMES, A. O. Aquilo é uma coisa de índio: objetos, memória e etnicidade entre os Kanindé do Ceará. 2012. 324 f. Dissertação (Mestrado em Antropologia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2012.

GROSSI, G. Ici nous sommes tous parents: les Pataxó de Barra Velha, Bahia, Bresil. 2004. Thèse (Doctorat en Ethnologie et Anthropologie Sociale) – École des Hautes Études en Sciences Sociales, Paris, 2004.

GRÜNEWALD, R. A. Regime de índio e faccionalismo: os Atikum da Serra do Umã. 1993. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1993.

______. Os índios do descobrimento: tradição e turismo. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2001.

______. (Org.). Toré: regime encantado do índio do Nordeste. Recife: Massangana, 2005.

HERBETTA, A. F. Peles braiadas: modos de ser Kalankó. Recife: Massangana, 2013.

HERNANDÉZ DÍAZ, J. Los Fulni-ô: lo sagrado del secreto – construcción y defesa de la identidad de un pueblo indígena del nordeste brasileño. Quito: Aby Yala, 2015.

LIMA, C. L. S. As perambulações: etnicidade, memória e territorialidade indígena na Serra das Matas. In: PALITOT, E. M. (Org.). Na Mata do Sabiá: contribuições sobre a presença indígena no Ceará. Fortaleza: Imopec, 2009. p. 233-250.

MACÊDO, U. A dona do corpo: um olhar sobre a reprodução entre os Tupinambá da Serra-BA. 2007. 196 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) – Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2007.

MAGALHÃES, A. M. A luta pela terra como oração: sociogênese, trajetórias e narrativas do movimento Tupinambá. 2010. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2010.

MAHMOOD, C.; ARMSTRONG, S. Do ethnic groups exist?: a cognitive perspective on the concept of cultures. Ethnology, Pittsburgh, vol. 31, no. 1, p. 1-14, 1992.

MEJÍA LARA, A. E. Estar na cultura: os Tupinambá de Olivença e o desafio de uma definição de indianidade no sul da Bahia. 2012. 135 f. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2012.

MODERCIN, I. F. Rancho do Jatobá do meio do mundo: etnografia da agricultura Pankararé e a relação dos índios com o ambiente. 2010. 190 f. Dissertação (Mestrado em Antropologia) – Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2010.

MONTE, E. História e memórias de migrações no Nordeste indígena: o vaivém dos Xukuru do Ororubá (Pesqueira/PE). Mnemosine, Campina Grande, v. 7, nº 1, p. 32-52, jan.-mar. 2016.

MORAIS, B. M. Do corpo ao pó: crônicas da territorialidade Kaiowá e Guarani nas adjacências da morte. São Paulo: Elefante, 2017.

MORIN, F.; D’ANGLURE, B. S. Ethnicity as a political tool for indigenous peoples. In: GOVERS, C.; VERMEULEN, H. (Eds.). The politics of ethnic consciousness. London: Springer, 1997. p. 157-193.

MURA, C. Todo mistério tem dono! Ritual, política e tradição de conhecimento entre os Pankararu. Rio de Janeiro, Contra Capa, 2013.

NASCIMENTO, M. T. O tronco da jurema: ritual e etnicidade entre os povos indígenas do Nordeste – o caso Kiriri. 1994. 324 f. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Universidade Federal da Bahia, Salvador, 1994.

______. A jurema das ramas até o tronco. In: CARVALHO, M. R.; CARVALHO, A. M. (Orgs.). Índios e caboclos: a história recontada. Salvador: Edufba, 2012. p. 95-125.

______. As ramas e o vinho da jurema: metáforas rituais entre os índios do sertão nordestino ou uma teoria unificada do ritual e da linguagem. 2013. Tese (Doutorado em Antropologia) – Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2013.

NEVES, S. C. A apropriação indígena do turismo: os Pataxó de Coroa Vermelha e a expressão da tradição. 2012. 225 f. Tese (Doutorado em Antropologia) – Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2012.

OLIVEIRA, J. P. A viagem da volta: reelaboração cultural e horizonte político dos povos indígenas do Nordeste. In: OLIVEIRA, J. P. (Coord.). Peti, 1993. p. V-VIII.

______. Viagens de ida, de volta e outras viagens: os movimentos migratórios e as sociedades indígenas. Travessia, São Paulo, v. 9, n. 24, p. 5-9, jan.-abr. 1996.

______. Uma etnologia dos índios misturados? Situação colonial, territorialização e fluxos culturais. Mana, Rio de Janeiro, v. 4, n. 1, p. 47-77, 1998.

______. Uma etnologia dos índios misturados? Situação colonial, territorialização e fluxos culturais. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2004.

______. (Org.). A presença indígena do Nordeste: processo de territorialização, modos de reconhecimento e regimes de memória. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2011.

OLIVEIRA, K. E. Os terreiros e o toré. Cadernos do Leme, Campina Grande, v. 1, n. 1, p. 47-66, 2009.

______. Diga ao povo que avance! Movimento indígena no Nordeste. Recife: Massangana, 2013.

OLIVEIRA, R. C. Por uma sociologia do campesinato indígena no Brasil. In: ______. A sociologia do Brasil indígena. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1972a. p. 142-150.

______. Problemas e hipóteses relativos à fricção interétnica. In: ______. A sociologia do Brasil indígena. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1972b. p. 83-131.

______. Identidade, etnia e estrutura social. São Paulo: Pioneira, 1976.

PALITOT, E. M. (Org.). Na Mata do Sabiá: contribuições sobre a presença indígena no Ceará. Fortaleza: Imopec, 2009a.

______. Um quadro de multiplicidade étnica: os povos indígenas em Crateús. In: ______. (Org.). Na Mata do Sabiá: contribuições sobre a presença indígena no Ceará. Fortaleza: Imopec, 2009b. p. 271-300.

PARAÍSO, M. H. B. Maxakali. Povos indígenas do Brasil. São Paulo: Instituto Socioambiental, 1999. Disponível em <http://bit.ly/2yEgqXb>. Acesso em: 13 jan. 2018.

PEDREIRA, H. P. “Saber andar”: refazendo o território Pataxó em Aldeia Velha. 2013. Monografia (Graduação em Antropologia e Etnologia) – Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2013.

______. Os Pataxó Hãhãhãe e o problema da diferença. 2017. 178 f. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017.

PEIXOTO, J. A.; GUEIROS, L. E. Religiosidade e Encantamento: o pagamento de promessa no ritual indígena Jiripankó. Mnemosine, Campina Grande, v. 7, n. 1, p. 111-126, 2016.

PERES, S. Terras indígenas e ação indigenista no Nordeste (1910-67). In: OLIVEIRA, J. P. (Org.). A viagem de volta: etnicidade, política e reelaboração cultural no Nordeste indígena. Rio de Janeiro: Contra Capa, 1999. p. 43-91.

POMPA, C. A religião como tradução: missionários, Tupi e Tapuia no Brasil colonial. Bauru: Edusc, 2002.

REESINK, E. B. Índio ou caboclo: notas sobre a identidade étnica dos índios no Nordeste. Universitas, Salvador, n. 32, p. 121-137, 1983.

______. O gavião e a arara: etnohistórias Kiriri. In: ALMEIDA, L. S.; SILVA, M. G. (Orgs.). Índios do Nordeste: temas e problemas. Maceió: Edufal, 1999a. p. 59-75.

______. Uma questão de sangue. In: BACELAR, J.; CAROSO, C. (Orgs.). Brasil: um país de negros? Rio de Janeiro: Pallas, 1999b. p. 187-205.

______. O segredo do sagrado: o Toré entre os índios do nordeste. In: ALMEIDA, L. S.; GALINDO, M.; ELIAS, J. L. (Orgs.). Índios do Nordeste: temas e problemas. Maceió: Edufal, 2000. v. 2. p. 359-405.

______. Raízes históricas: a jurema, enteógeno e ritual na história dos povos indígenas no Nordeste. In: ALBUQUERQUE, U.; MOTA, C. (Eds.). Os muitos usos da Jurema. Recife: Bagaço, 2002. p. 61-96.

______. Alteridades substanciais: apontamentos diversos sobre índios e negros. In: CARVALHO, M. R; REESINK, E. B.; CAVIGNAC, J. (Orgs.). Negros no mundo dos índios: imagens, reflexos, alteridades. Natal: EDUFRN, 2011. p. 245-288.

______. Saber os nomes: observações sobre a degola e a violência contra Bello Monte (Canudos). Anthropológicas, Recife, ano 17, v. 24, n. 2, p. 43-73, 2013.

______. Uma perspectiva nordestina: o grande divisor Nordeste vs Amazônia na etnologia das Terras Baixas da Amperica do Sul. In: SEMINÁRIO DE ANTROPOLOGIA INDÍGENA EM PERNAMBUCO, 2., 2014, Recife.

______.; REESINK, M. L. A conquista cultura dos Tupinambá: aculturação e o regime de relação assimétrica de Thales de Azevedo em 1958 e suas implicações históricas na antropologia. In: SEMIRÁRIO RELENDO THALES DE AZEVEDO, 1., 2015, Salvador.

RIBEIRO, D. Os índios e a civilização: a integração das populações indígenas no Brasil moderno. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1977.

RIVIÈRE, P. Individual and society in Guiana. Cambridge: Cambridge University Press, 1984.

SÁEZ, O. C. O território, visto por outros olhos. Revista de Antropologia, São Paulo, v. 58, n. 1, p. 257-284, 2015.

SAFA, H. Challenging mestizaje: a gender perspective on indigenous and afrodescendant movements in Latin America. Critique of Anthropology, Thousand Oaks, v. 25, n. 3, p. 307-330, 2005.

SAMPAIO, J. A. De caboclo a índio: etnicidade e organização social e política entre os povos indígenas contemporâneos no Nordeste do Brasil – o caso Kapinawá. Cadernos do Leme, Campina Grande, v. 3, n. 2, p. 88-191, 2011.

SANTOS, A. F. M.; OLIVEIRA, J. P. Reconhecimento étnico em exame: dois estudos sobre os Caxixó. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2003.

SCHRÖDER, P. (Org.). Cultura, identidade e território no Nordeste indígena: os Fulni-ô. Recife: Editora da UFPE, 2011.

SIGAUD, L. A forma acampamento: notas a partir da versão pernambucana. Novos Estudos, São Paulo, n. 58, p. 73-92, nov. 2000.

SILVA, B. R. A. Nos enredos do circuito de pesquisas dos Tabajara e Kalabaça de Poranga. 2013. Dissertação (Mestrado em Antropologia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2013.

SOARES, M. Métissages et espaces transculturels: reflet d’image et mises en scène chez les Indiens Tapeba. Cahiers des Amériques Latines, Paris, n. 65, p. 91-104, 2010.

SOUZA, F. J. A. Os Pataxó em morros brutos e terras fanosas: descortinando o movimento das puxadas de rama. 2015. 257 f. Tese (Doutorado em Antropologia Social) – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2015.

TÓFOLI, A. L. F. Retomada de terras Tapeba: entre a afirmação étnica, os descaminhos da demarcação territorial e o controle dos espaços. In: PALITOT, E. M. (Org.). Na Mata do Sabiá: contribuições sobre a presença indígena no Ceará. Fortaleza: Imopec, 2009. p. 213-232.

UBINGER, H. C. Os Tupinambá da Serra do Padeiro: religiosidade e territorialidade na luta pela terra indígena. 2012. 189 f. Dissertação (Mestrado em Antropologia) – Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2012.

VIEGAS, S. M. Terra calada: os Tupinambá na Mata Atlântica do sul da Bahia. Rio de Janeiro: 7Letras, 2007.

______. Tupinambá de Olivença. Povos Indígenas no Brasil. São Paulo: Instituto Socioambiental, 20 ago. 2010. Disponível em: <https://bit.ly/2ImVNSN>. Acesso em: 21 jun. 2016.

______. Espaços missionários transformados: a apropriação da terra pelos índios numa aldeia jesuítica da costa atlântica (século XVIII-XIX). Revista de Antropologia, São Paulo, v. 58, n. 1, p. 69-104, 2015.

VIEIRA, J. G. Todo caboclo é parente: espacialidades, história e parentesco entre os Potiguara. Revista de Antropologia, São Paulo, v. 58, n. 1, p. 285-317, 2015.

VIEIRA, J.; AMOROSO, M. ; VIEGAS, S. Apresentação dossiê transformações das territorialidades ameríndias nas Terras Baixas (Brasil). Revista de Antropologia, v. 58, n. 1. 2015, p. 11-29.

VILLAR, D. Uma abordagem crítica do conceito de etnicidade na obra de Fredrik Barth. Mana, Rio de Janeiro, v. 10, n. 1, p. 165-192, 2004.

WARREN, J. W. Racial revolutions: antiracism & Indian resurgence in Brazil. Durham: Duke University Press, 2001.

WEBER, M. Economia e sociedade. Brasília: Editora UnB, 1991.

Downloads

Publicado

2018-07-02

Como Citar

Carvalho, M. R. de, & Reesink, E. B. . (2018). Uma etnologia no Nordeste brasileiro: balanço parcial sobre territorialidades e identificações. BIB - Revista Brasileira De Informação Bibliográfica Em Ciências Sociais, (87), 71–104. Recuperado de https://bibanpocs.emnuvens.com.br/revista/article/view/459

Edição

Seção

Balanços Bibliográficos