Conceito e origens do crime organizado

uma revisão bibliográfica

Autores

  • Adriano Oliveira
  • Jorge Zaverucha

Palavras-chave:

Crime organizado, Estado, Origens, Instituições, Teoria da Escolha Racional

Resumo

Este artigo possui dois grandes objetivos: (1) construir o conceito de crime organizado. Várias obras mostram as caracrerísticas da criminalidade organizada, mas não a define. Para alcançar tal objetivo, desenvolve-se uma revisão bibliográfica da literatura nacional e internacional que aborda a criminalida­de organizada. São apontadas as contribuições de cada obra para a construção da definição do que seja crime organizado. Dentre estas contribuições, está a constatação de que organizações criminosas podem procurar o Estado para sobreviver. Utilizando-se, especialmente, da Teoria da Escolha Racional, o crime organizado e definido; (2) mostrar as origens do crime organizado na medida em que as obras analisadas sugerem quais os ambientes em que a criminalidade organizada nasce.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ADORNO, S. (2002), “Monopólio estatal da violência na sociedade brasileira contemporânea”, in MICELLI, Sergio (org.), O que ler na ciência social brasileira, 1970-2002. São Pauto/Brasília/Anpocs/Sumaré/Capes. v. 4.

ADORNO, S.; SALLA, S. (2007), “Criminalidade organizada nas prisões e os ataques do PCC”. Estudos Avançados, 61 (61): 7-130.

BEZERRA, M. O. (1999), Em nom e das "bases"-, política, favor e dependência pessoal. Rio de Janeiro, Relume Dumará.

BOUDON, Raymond (1995), Tratado de sociologia. Rio de Janeiro, Zahar.

BRADY, David W.; FEREJOHN, John; POPE, Jeremy (2005), “Congress and civil rights policy: an examination of endogenous preferences”, in KATZNELSON, Ira; WEINGAST, Barry (eds.). Preferences and situations', points of intersection between historical and rational choice institutionalism. New York, Russell Sage Foundation.

CALDEIRA, C. (2004), “Bangu 1: a política do cárcere duro”. Revista de Estudos Criminais, n. 13, p. 34-56.

CRUZ NETO, O.; MOREIRA, M. R.; SUCENA, L. F. M. (2001), Nem soldados nem inocentes: juventude e tráfico de drogas no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Fiocruz.

DIAS, Camila Caldeira Nunes (2009), “O Estado vendeu o preso e o PCC o comprou: consolidação do PCC no sistema carcerário pauiista”, in CONGRESSO BRASILEIRO DE

SOCIOLOGIA, 14., 2009, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro, SBS.

ELSTER, John (1994), Peças e engrenagens das ciências sociais. Trad. Antônio Trânsito. Rio de Janeiro, Relume Diunará.

EVANGELISTA, H. de A. (2003), Rio de Janeiro-, violência, jogo do bicho e narcotráfico segundo uma interpretação. Rio de Janeiro, Revan.

FELSON, Marcus (2006), “The ecosystem for organized crime”, in HEUNI: ANNIVERSARY

LECTURE, 25, INKERI ANTTTLA LECTURE, 7, 2006, Helsinki. Helsinki, Finland,. Heuni. (Heuni Publication SerieSj 26)

FIORENTINL G.; PELTZMAN, S. (1995), The economics o f organised crime. Cambridge, Cambridge University Press.

FUKUYAMA, Francis (2005), Construção de Estados: governo e organização no século XXI. Trad. Nivaldo Montingelh jr. Rio de Janeiro, Rocco.

GAMBETTA, D.; REUTER, P. (1995), “Conspiracy among the many: the mafi in legitimate industries”, in FIORENTINE, G.; PELTZMAN, S. The economics o f organised crime. Cambridge, Cambridge University Press.

GERRING, John (2007), “The mechanistic worldview: thinking inside the box”. British Journal of Political Science, 38 (1): 161-79.

GOMES, Luiz Flávio (2009), “Definição de crim e organizado e a Convenção de Palermo”. Jus Navigandi, Teresina, ano 13, n. 2.170, 10 jun, 2009- Disponível em: <http://jus2.uol. com.br/doutrina/texto.asp?id=12957>. Acesso em: 4 fev. 2.010.

HESS, H. (1973), Mafia and mafiosi: the structure of power. Translated Ewald Osers. England, Saxon House,

KATZNELSON, Ira; WEINGAST, Barry R. (2005), “Intersections between historical and rational choice institutionalism”, i n _____. (eds.). Preferences and situations-, points of intersection between historical and rational choice institutionalism. New York, Russell Sage Foundation.

LEAL, Gustavo: (2004), Aspectos da história do narcotráfico na Colombia. Recife, Ipad.

LEEDS, E. (1998), “Cocaína e poderes paralelos na periferia urbana: ameaças à democracia em nível local”, in ZALUAR, A.; ALV1TO, M. (orgs.). Um século de favelas. Rio de Janeiro, Fundação Getúlio Vargas.

LOPES JÚNIOR, Edmilson (2009), As redes sociais do crime organizado: a perspectiva da nova sociologia econômica. RBCS - Revista Brasileira de Ciências Sociais, 24 (69): 53-68, fev,

LUNDE, Paul (2004), Organized crime-, an inside guide to the world’s most sucessful industry. London,. Dorling Kinderslev.

LUPO, S. (2002), História da Máfia-, das origens aos nossos dias. São Paulo, Ed. Unesp.

MALLORY, Stephen L. (2007), Understanding organized crime. Canada, Jones and Bartlett Publishers.

MINGARDI, G, (1996), O Estado e o crim e organizado. Tese de doutorado. Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo.

_____. (1998), “O que é crime organizado: uma definição das ciências sociais”, Revista do Ilanud, n. 8, p. 25-7.

_____. (2007), “O trabalho da inteligência no controle do crime organizado5’, Estudos Avançados, 61 (61): 51-70.

MISSE, M. (2007), “Mercados ilegais, redes de proteção e organização Socai do crime no Rio de Janeiro”, Estudos Avançados, 61 (61): 139-57.

OLIVEIRA, Adriano (2007a), “As peças e os mecanismos do crime organizado em sua atividade tráfico de drogas”, Dados, 50 (4): 699-720.

_____. (2007b), Tráfico de drogas e crim e organizado: peças e mecanismos. Curitiba, Juruá.

OLIVEIRA, Adriano; ZAVERUCHA, J. (2008), “Criminalidade organizada endógena: corrupção, prefeituras e governo de coalizão”, in ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA

DE CIÊNCIA POLÍTICA, 6., 2008, Campinas, SP. Anais... Campinas, Unicamp.

OLSON, M. (1999), A lógica da ação coletiva: os benefícios públicos e. uma teoria dos grupos sociais. Trad. Fábio Fernandez. São. Paulo, Edusp.

PIMENTEL, Stanley A. (2000), “The nexus of organized crime and politics in México”, in

GODSON, Roy; BAILEY, John (eds.), Organized crim e e dem ocraticgovem ability. Mexico and the U.S.: Mexican borderlands. Pittsburgh, University of Pittsburgh Press.

POPPER, Karl. Karl Popper (2008), Busca inacabada-, autobiografia inteleccual. Trad. João C. S. Duarte. Lisboa, Esfera do Caos.

PUTNAM, Robert D. (2002), Comunidade e democracia: a experiência da Itália modema. 3. ed. Rio de Janeiro, Fundação Getúlio Vargas.

SARTORI, Giovanni (1976), Parties and party systems-, a framework for analysis. New York, Cambridge University Press.

_____. (1997), A política. 2. ed. Trad. Sergio Bath. Brasilia, Ed. UnB.

TOKATLIAN, J. (2000), Globalization, narcotráficoy violência: siete ensayos sobre Colombia. Buenos Aires, Norma.

TSEBELIS, G. (1998)., Jogos Ocultos-. escoSha racional no campo da política comparada. Trad. Luiz Paulo Rouanet. São Paulo, Edusp.

UNITED NATIONS Office on Drugs and Crime (2002), Crime trends-, results of a pilot survery forty selected organized criminal groups, in sixteen countries. Vienna, UNODC.

VON LAMPE, Klaus (2005), “Making the second step before the first: assessing organized crime - the case Germany”, Crime, Law and Social Change, 42 (4-5): 227-59.

VON LAMPE, Klaus; JOHANSEN, Per Ole (2004), “Criminal networks and trust. On the importance of the expectation of lo)"al behavior in criminal relations”, in NEVALA, Semi;

AROMAA, Kauko (eds.). Organised crime, trafficking, drugs: selected papers presented at the

ANNUAL MEETING OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CRIMINOLOGY, 3., 2003, Helsinki. Helsinki, Finland, Heuni, 2004. p. 102-113. (Heuni Publication Series, 42)

ZAFFARONI, E. R. (1996), “Crime organizado: uma categorização frustrada . Discursos Sediciosos: Crime, Direito e Sociedade, ano 1, n. 1, p. 45-68.

ZALUAR, A. (2004), Integração perversa: pobreza e tráfico de drogas. Rio de Janeiro, Fundação Getúlio Vargas.

Bibliografia recomendada Gambetta, D. (2007), La mafia siciliana. México, Fondo de Cultura Económica.

GLENNY, M. (2008), McMáfia: crimes sem fronteiras. Trad. Lucia Boldrini. São Paulo, Companhia das Letras.

HELMKEN, G.; LEVTTSKY, S. (orgs.). (2006), Inform al institutions & democracy. Baltimore, The Johns Hopkins University Press.

OLIVEIRA, A.; ZAVERUCHA, J. (2006), “Tráfico de drogas: uma revisão bibliográfica”,

BIB - Revista Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais, 62: 5-17.

SANDLER, Todd (1992), Collective action: theory and applications. Ann Arbor, Michigan, The University of Michigan Press.

VARESE, F. (2005), The Russian mafia. Oxford, Oxford University Press.

ZALUAR, A. (1994), Condomínio do diabo. Rio de Janeiro, UFRJ.

____ , (1999), “Um debate disperso: violência e crime no Brásil da redemocratizaçãò’. São Paulo em Perspectiva, 13 (13): 17-23.

____ . (2002), “Violence related to illegal drugs: easy' money and justice in Brazil, 1980-1995”, in GEFFRAY, C.; FABRE, G.; SCHIRAY, M. (orgs.), Globalization, drugs andcriminalisation: final research report o:n Brazil, China, India arid Mexico. Paris, Unesco; Most.

ZAVERUCHA, J. (2003), Policia civil de Pernambuco: o desafio da reforma. 2. ed. Recife: Ed. Universitária.

Downloads

Publicado

2009-07-20

Como Citar

Oliveira, A., & Zaverucha, J. (2009). Conceito e origens do crime organizado: uma revisão bibliográfica. BIB - Revista Brasileira De Informação Bibliográfica Em Ciências Sociais, (68), 5–16. Recuperado de https://bibanpocs.emnuvens.com.br/revista/article/view/331

Edição

Seção

Balanços Bibliográficos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)