Antropologia do consumo

trajetória de um campo em expansão

Autores

  • Diana Nogueira de Oliveira Lima

Palavras-chave:

Consumo, Corpo, Alma, Produtos, Dialética, Cultura

Resumo

Tradicionalmente, para entender o sistema capitalista, as Ciências Sociais concentraram sua atenção nos processos que transformaram as relações de produção, dando atenção apenas es­porádica às reformulações ocorridas na atitude da demanda. Entretanto, o crescimento dos re­cursos disponibilizados para a geração e o consumo de produtos vem despertando interesse. Neste artigo examino inicialmente a tradicional resistência ao tema do consumo para, em se­guida, verificar algumas das importantes contribuições que, desde a segunda metade da déca­da de 1980, vêm possibilitando a expansão do debate. Para iluminar a Antropologia do Con­sumo, quero fazer ver como alguns dos valores privilegiados pela cosmologia judaico-cristã a respeito da dicotomia corpo-alma informaram historicamente o olhar das Ciências Sociais. Pretendo demonstrar que uma concepção negativa muito longamente cultivada pelo Ociden­te a respeito do corpo e seus desejos esteve presente no imaginário da disciplina, operando em suas indagações. Concluída essa reflexão, apresento os trabalhos desenvolvidos a partir dos anos de 1980, cuja riqueza reside no fato de entenderem que, para um estudo efetivo sobre consumo, os bens devem cessar de ser percebidos como fúteis portadores de conteúdos con­denáveis e passar a ser compreendidos como constituintes da cultura moderna.

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Publicado

2003-07-05

Como Citar

Lima, D. N. de O. (2003). Antropologia do consumo: trajetória de um campo em expansão. BIB - Revista Brasileira De Informação Bibliográfica Em Ciências Sociais, (56), 93–108. Recuperado de https://bibanpocs.emnuvens.com.br/revista/article/view/268

Edição

Seção

Balanços Bibliográficos